De passagem mais uma vez por Petrolina, na última sexta-feira (29), quando se reuniu com lideranças locais do PT e correligionários, o senador pernambucano Humberto Costa viu com naturalidade a disposição de um dos seus quadros, deputado estadual Odacy Amorim, em colocar seu nome para disputar o Governo do Estado. Mas preferiu declinar, neste momento, se respaldaria uma eventual candidatura de Odacy.
Humberto frisou que há bons nomes aptos a ser candidatos e ressaltou que essas peculiaridades são comuns dentro do partido, lembrando o fato de que, em 1998, o ex-senador Eduardo Suplicy partiu para uma disputa interna com Lula.
O senador deixou claro, no entanto, que o projeto nacional em torno de uma nova candidatura do ex-presidente vem na frente da conjuntura estadual. “A iniciativa da candidatura de Odacy foi dele, das pessoas que o acompanham. É um excelente parlamentar, uma pessoa cuja prática política sempre foi marcada pela ética e pela decência, então pode ser candidato. Agora, eu não tenho uma posição firmada sobre isso. Primeiro vamos definir o roteiro nacional. Nossa maior preocupação e com esse julgamento (de Lula) no dia 24 (de janeiro). Depois iremos tratar disso”, declarou.
O aparente clima de divisão no PT de Pernambuco deve-se ao fato de a vereadora do Recife, Marília Arraes, já estar em articulação para viabilizar seu nome. O senador, por sua vez, voltou a reforçar que a legenda só baterá o martelo em relação a uma candidatura no Estado após entendimento com a Executiva nacional, o que só deverá acontecer por volta de março ou abril. “Além do mais a decisão sobre candidatura vai ser tomada num encontro entre todos os filiados do PT. Então, muita água vai rolar por baixo dessa ponte”, finalizou.
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