A experiência de municipalização do combate à desertificação em Irauçuba-CE. Este é o tema que está sendo apresentado neste momento no auditório do Senai, em Petrolina, durante a realização do I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação. Ainda hoje, serão apresentadas as propostas da comunidade científica, setores produtivos e sociedade civil para a construção do Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável do Semiárido. O encontro já tratou de temas como a criação de fundos de investimentos visando às mudanças climáticas e a revitalização da Caatinga; o fortalecimento e ampliação de programas como o Água para Todos e a garantia de água potável e luz elétrica para todas as escolas do Semiárido brasileiro. Cerca de 90 propostas da agenda político-institucional foram discutidas durante todo o dia de ontem.
O evento, promovido pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional com execução do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA, foi aberto em Juazeiro-BA na noite da última quarta-feira pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc com a presença de representantes e especialistas do Governo Federal, de 11 estados, comunidade científica e da sociedade civil.
Para o Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, o Encontro está celebrando o processo de pactuação de compromissos denominado Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro, que vem sendo construído a partir de reuniões realizadas no final do na passado e em fevereiro deste ano, com a reunião de Campina Grande (PB).
Entre as propostas discutidas, repercutiu bastante a criação do Fundo Caatinga, que será operacionalizado pelo Banco do Nordeste. Uma iniciativa que vai revitalizar o bioma Caatinga a partir do repasse de recursos para as comunidades, principalmente de produtores rurais das áreas de sequeiro. Outro mecanismo de caráter permanente, que também foi apresentado durante o I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, o Fundo de Mudanças Climáticas também gerou muita discussão. Oriundo de recursos da exploração de petróleo, este fundo será gerido pelo Ministério do Meio Ambiente e 50% de todo dinheiro arrecadado será destinado para o Semiárido brasileiro.