Etnias indígenas estão se capacitando para organizar e fortalecer a gestão administrativa de suas associações e cooperativas, a partir de oficinas promovidas pelo Ministério da Integração Nacional. A ação faz parte dos programas ambientais desenvolvidos pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco.
No mês de maio, participaram das atividades as comunidades Kambiwá, nos municípios pernambucanos de Ibimirim e Inajá, e Pipipã, em Ibimirim e Floresta. Para junho já estão programadas oficinas sobre elaboração e gestão de projetos.
A importância de difundir entre as etnias indígenas o ensino sobre associativismo e cooperativismo se deve à existência de associações indígenas, em diferentes estágios de organização, que demonstraram dificuldades relativas à estruturação e gestão administrativa e fiscal.
Os encontros buscam ajudar na organização da estrutura social, administrativa e fiscal das associações, explicitando o universo conceitual e prático dos temas. São abordados temas como valores, princípios, legislação pertinente, estruturação administrativa, tipos formais e informais e as características que diferenciam associação e cooperativa.
Berenice Pereira da Silva, da etnia Kambiwá, ficou com boas expectativas a respeito dos conteúdos trabalhados. “Nós pretendemos aplicar o conhecimento para trazer melhorias para o nosso povo e com isso buscar projetos”, afirmou. “Há muito tempo é um desejo nosso criar uma associação, mas não tínhamos esclarecimento, e hoje a gente está tendo uma lição”, reforçou Maria Justa, também da comunidade Kambiwá.
Estratégias
Em junho já estão agendadas as oficinas de elaboração e gestão de projetos: nos dias 4 e 5, na etnia Kambiwá; e 11 e 12, na etnia Pipipã. As ações do Programa de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas são direcionadas, atualmente, a quatro etnias: Tumbalalá, Pipipã, Kambiwá e Truká. Essa é uma das 38 estratégias ambientais desenvolvidas pelo Ministério da Integração com vistas à minimização, compensação e ao controle dos impactos ambientais provocados pela implantação e operação do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Ao todo, os recursos para ações de compensação ambiental somam R$ 1 bilhão e vão trazer benefícios econômicos, sociais e ecológicos para as localidades na área de abrangência do empreendimento. (Com informações da assessoria do Ministério da Integração)
Parabens ao Ministério da Integração. Bem Lembrado a preocupação com o povo Kambiwa: Nós tambem fazemos parte dos doze milhões que vão ser atendidos pela TRANSPOSIÇÃO.
Realmente, o povo kambiwá precisa de muita atenção por parte do Ministério da Integração Nacional.
Gostaria de parabenizar a atuação do Ministro Fernando Bezerra e a indicação acertada da Presidente Dilma. O Ministro é um sertanejo com conhecimento profundo das necessidades das etnias pernambucana, bem como de todo o povo que passa por esse momento de estiagem prolongada.