Indignados, ambulantes abandonam Calçadão e voltam para Abílio Dias

por Carlos Britto // 19 de junho de 2012 às 07:00

Ainda não foi desta vez que os ambulantes de Petrolina que não foram contemplados com os boxes no Mercado do Turista ficaram satisfeitos. Mesmo após a entrega do Calçadão, na Travessa Padre Fraga, no Centro da cidade, ainda não chegaram ao fim as reclamações da categoria.

Indignados com a falta de movimento no Calçadão, obra que prometia melhorar a vida dos comerciantes, eles resolveram montar suas bancas de novo na Travessa Abílio Dias (foto), onde foram alojados temporariamente. Para o comerciante de variedades, Edson Batista da Silva, “não há como sobreviver no Calçadão, pois não há vendas e é preciso correr atrás do sustento da família”.

Outro fato revoltante para os trabalhadores informais é a permanência de boxes fechados no Mercado, como argumenta a ambulante Maria de Ferreira.“São seis meses de inauguração e até hoje mais de 20 boxes permanecem de portas fechadas no Mercado. Os donos não devem precisar, porque seis meses sem funcionar, ninguém que precisa trabalhar aguenta. Enquanto isso a gente fica aqui à míngua”, desabafa.

Segundo a associação da categoria, enquanto os permissonários dos boxes fechados estiverem pagando as despesas do Mercado, a situação será considerada regular. “Hoje quase todos que estão com os boxes fechados estão arcando com as despesas e nós não podemos obrigá-los a abrirem as portas. Cada um tem seu motivo, seja estado de saúde, falta de condição financeira para aquisição de mercadoria, entre outros,” justificou o presidente da entidade, Pedro Nunes.

Indignados, ambulantes abandonam Calçadão e voltam para Abílio Dias

  1. Watergate disse:

    So fazem o que bem querem!
    Se não for um “box” no River Shopping, eles não aceitam!
    Só Camelô, Sem Terra e Mototaxista pra ter essa moral toda nesse pais!

    1. Carla Calado disse:

      Eu não sei porque esses pedantes (ou pedintes?), pertencentes à família dos haxemitas, ramo pobre da poderosa tribo dos coraixitas, mitificam tanto uma “piscina”, “um cruzeiro para Miame”, uma viagenzinha para Gramado: para ver a neve euro-gaucha e… o “RIVER SHOPPING”.

      Senão vejamos:

      “Se não for um “box” no River Shopping eles não aceitam..”

      Esses parcimoniosos equilibristas das finanças do lar, que “arrancam os couros da goela” para comprar uma sandália (da humildade) da AREZZO no River para presentear a amante, se julgam muito finos em suas pobres ironias.
      Essa visão ou ideia de que os comerciantes populares almejam a uma “budega” no shopping é típica desses seres que colocam o shopping como a apoteose da riqueza e do “chique”.
      Esses Lázaros frustrados aspirantes a Bill Gates que sonham com uma mísera vaga simbólica no river shopping ou no Royalty Club, imaginam que todo trabalhador dessa cidade tem esse pensamento mesquinho.
      Isso me remete ao grande pensador da educação, o Pernambucano Paulo Freire:

      “A cabeça do oprimido hospeda o opressor.”

      Você, igualmente a um papagaio, somente balbucia aquilo que ouviu dizer, desde que aprendeu a repetir palavras.

      1. Coco seco disse:

        Essa foi a melhor resposta (que já li) a esse merdagate! Parabéns Carla.

      2. Watergate disse:

        Carla, vc calada é uma poeta!

  2. leo4012 disse:

    Quando um cliente sai de sua residência em busca de determinada mercadoria, muito provavelmente já sai com ao menos alguma idéia de onde comprar. Se a pessoa quer comprar qualquer coisa no comércio informal, tbm já sabe onde procurar. Então vem esses vendedores que não pagam impostos, se beneficiam com um local construído pela prefeitura (lugar esse sempre reivindicado pelos comerciantes informais) e depois ficam reclamando pq não tem movimento. Se eu quiser comprar algum produto “IMPORTADO” vou procurar onde quer que tenha um ambulante até conseguir encontrar.

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