O Instituto do Meio Ambiente de Recursos Hídricos da Bahia (Inema), juntamente com policiais da Cipe-Caatinga apreendeu, na última semana, aproximadamente 4 mil peças de aroeira, madeira que é protegida por lei, numa fazenda localizada em Pilão Arcado, norte da Bahia. Segundo o Inema, a fazenda pertence ao ex-prefeito de Remanso, Renato Rosal.
A madeira era transportada por dois caminhões – carreta bi-trem e um caminhão trucado -, através da BR-020, e tinha como destino os municípios de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, no oeste baiano, onde seria utilizada na construção de cercas e outras estruturas rurais.
Durante a abordagem, segundo o Inema, os condutores dos veículos tentaram ludibriar a ação da fiscalização, apresentando Notas Fiscais eletrônicas, ao invés do necessário Documento de Origem Florestal (DOF). Ao descobrir a carga, os fiscais constataram o carregamento de aroeira, já beneficiada, na forma de estacas, moirões e lascas. Foram lavrados autos de infração de apreensão em nome dos transportadores e a madeira recolhida sob a guarda de depositário fiel.
Seguindo as informações contidas na denúncia, foi possível chegar ao local da extração, na Fazenda Lagoinha, que pertence a Renato Rosal e se encontra em negociação de venda com um fazendeiro de Goiás, identificado como Raniere Cruz, que pretende desenvolver um projeto consorciado silvipastoril, denominado ABC, para implantação de Eucalipto, Mogno Africano e gado bovino.
Outras apreensões
Nessa fazenda, que sofreu ação de incêndio recente, foram encontradas 1.016 toras e 211 lascas de aroeira, em pilhas e espalhadas em pátio de estocagem, prontas para o transporte, assim como centenas de árvores cortadas no interior da mata, aguardando transbordo e beneficiamento. Três barracos que serviram de alojamento rústico para os trabalhadores (operadores de motosserras e chapistas), encontravam-se abandonados, porém com sinais recentes de ocupação. Com o caseiro João Silva foram encontradas três motosserras e duas armas (espingardas de cartuchos) de utilização em atividade de caça.
A extração de madeira, segundo as denúncias, teria começado há cerca de três meses. Após localizados, na cidade de Remanso, os responsáveis pela degradação ambiental, Raniere Cruz e Renato Rosal, receberam os devidos autos de infração, de interdição da atividade de extração de madeira e de apreensão do material, das motosserras e das armas de caça. Raniere foi conduzido à Delegacia de Pilão Arcado, onde serão desenrolados os demais procedimentos penais. Ainda, será atribuída multa baseada na estimativa de madeira extraída.
Na mesma operação de fiscalização também foram atendidas outras denúncias que culminaram na apreensão de 68 toras e 126 lascas de madeira de aroeira e angico no povoado de Tamboril. Em razão do dano ambiental provocado e baseado na legislação em vigor, os responsáveis sofrerão autos de infração de multa, que podem chegar a quase R$ 430 mil.
Segundo Anselmo Vital, novo coordenador da Unidade Regional do Inema em Juazeiro, essas ações serão intensificadas, pois a região norte (mais precisamente nos municípios de Campo Alegre de Lourdes, Remanso e Pilão Arcado) tornam-se vulneráveis a ações de desmatamento e exploração de madeira para diversos fins. A ação da última semana também contou com a participação dos técnicos Geraldo Onofre, Josemário Matos, Washington Macário, Frederico Coelho, Daniel de Brito e Natanael Rodrigues. (fotos/divulgação)
Cadeia nele,pra tomar vergonha e respeitar a natureza,será que o money da mãe de vaca não tá dando pra ele.Acho que estes caras gananciosos devem estar juntando dinheiro pra quando morrerem levar pro inferno,deve ser a comprar um lugar com chuveiro gelado.
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