Interligação entre bacias do Tocantins e São Francisco dá mais um passo para sair do papel

por Carlos Britto // 06 de junho de 2017 às 14:00

Como já havia adiantado ao Blog, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) participou de uma reunião no dia de ontem (5) com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, sobre a interligação das bacias dos Rios Tocantins e São Francisco. Acompanhado de sua equipe técnica, Barbalho apresentou ao socialista o Projeto de Viabilidade de Revitalização do Rio São Francisco, elaborado pela empresa EngeSoft Engenharia nos parâmetros do Projeto de Lei nº 6569/88, de autoria do deputado socialista.

Segundo Gonzaga, com a aprovação deste projeto de lei, que dormia há 20 anos na Câmara dos Deputados, além da apresentação desse projeto de Engenharia, dos recursos alocados no Orçamento Geral da União (OGU) – no valor de R$ 600 milhões – e ainda com o estado de emergência porque passa o Rio São Francisco (Sobradinho, o maior lago artificial do mundo, com apenas 20% de sua capacidade), não tem mais como esperar. “Agora, resta-nos ouvir atenciosamente os ambientalistas, bem como, aguardar os estudos ambientais recomendados pelo ministro Hélder Barbalho ao Ministério do Meio Ambiente, para começar as obras”, celebrou.

O percurso da obra exposto pelo ministro coincide com o apresentado por Patriota, em sua proposta de lei. “O trecho mais oneroso dessa transposição está no Estado de Tocantins, pois haverá necessidade da construção desses canais e elevatórias, para conduzir a água até transpor a Serra Geral de Goiás, na divisa do Estado de Tocantins com a Bahia”, explicou o deputado.

Neste ponto, no Distrito de Garganta (BA), a água é despejada na nascente do Rio Preto, de onde segue por gravidade até desaguar na Barragem de Sobradinho, o maior reservatório artificial do planeta, num percurso de 523 km. Esse primeiro trecho da integração do Tocantins com o São Francisco visa a encontrar a menor distância para os canais e a topografia mais favorável a ser vencida, até chegar aos contrafortes da Serra Geral de Goiás.

O ponto mais adequado para a captação na confluência do Rio Manuel Alves, afluente da margem direita do Rio Tocantins, o qual se encontra, em linha reta, a 61 km, à montante e ao sul, da cidade de Porto Nacional (TO).  A escolha desse local pela equipe do Ministério da Integração Nacional se prende ao fato do Rio Manuel Alves ter sua nascente no flanco oeste da Serra Geral de Goiás, próximo a nascente do Rio Preto, no flanco leste dessa serra. No traçado em linha reta de direção E-W, a distância do ponto de captação, na foz do Rio Manuel Alves, até a nascente do Rio Preto, que é de 220 km e uma altura de 600 metros.

Do ponto de captação até o encontro com as águas da barragem de Sobradinho, o percurso total será de 743 quilômetros, assim distribuídos: 220 km do Rio Tocantins até Garganta; daí segue por gravidade no leito do Rio Preto, até a confluência com o Rio Grande, por 315 km; a partir desse ponto, segue por 86 km até desembocar no Rio São Francisco, na cidade de Barra (BA). Daí até a Barragem de Sobradinho percorre-se 122 km.

Adução e elevação

Como referenciado anteriormente, apenas no primeiro trecho, correspondendo a 29,6% do percurso total, haverá necessidade de obras de engenharia, ou seja: 220 quilômetros para a adução e elevação da água, a 600 metros de altura, de modo a transpor a Serra Geral de Goiás, na divisa Tocantins/Bahia. Daí em diante, a água escoa por gravidade, ao longo de 523 km – 70,4% da trajetória, atravessando a Chapada Ocidental da Bahia, geologicamente formada pelos arenitos do Grupo Urucuia, até seu destino final, na Barragem de Sobradinho.

A precipitação média anual na bacia do Rio Tocantins é de 1.600 mm, estendendo-se os meses chuvosos de novembro a maio e os meses secos de junho a setembro. Enquanto isso, a região semiárida do Rio São Francisco tem índices pluviométricos inferiores a 600 mm anuais. A vazão média do Tocantins é de 13.600 m³/s, e a do São Francisco de 2.846 m3/s. Esse, hoje, com menos de 600 m³/s. (Fonte/foto: Assessoria parlamentar)

Interligação entre bacias do Tocantins e São Francisco dá mais um passo para sair do papel

  1. Popo disse:

    O Pior disso tudo é os superfaturamento dessas obras…. Os Politicos cai encima como carniça na empleiteras.(Propinas) eles procura essas coisas pra tirar vantagem. Vergonha essa Republica….. Muda Brasil em 2018.

  2. Popo disse:

    Uma obra orçada em 600 milhões ai depois vem oa aditivos onde essa gentalha da Republica vem se benificiar com Propinas…. Vergonha esses Deputados que saqueiam o Erário.

  3. Popo disse:

    Em 2018 o melhor será votar no candidato de nome Nulo

  4. Popo disse:

    Os Politicos hoje coloca um projeto desse mas não é pensando na Obra pra o Povo mas pensando no volume de recursos que a União irá colocar pra uma grande obra dessa pra poder saquear o Erário. …. Estamos de olho bem abertos e vamos cobrar do Tribunala de Contas agora. O Brasil precisa urgente de gente pra fiscalizar essas obras. Estamos de Olho..

  5. Pacheco disse:

    Ladrões é caso de polícia. Essa obra é vital. Em frente.

  6. Edilberto disse:

    Essa interligação é mais importante que a própria transposição das aguas do rio S.Francisco, para não depender só de chuvas. Com o rio seco não existe transposição. Quanto as quadrilhas partidárias, cadeia neles.

  7. Manubio C. Rodrigues disse:

    Impactos ambientais vão haver. Desvios, muito provavelmente. Quanto ao primeiro, deve-se pesar o mal menor. Quanto ao segundo, espera-se que haja fiscalização. A ideia é ótima.

  8. Danilo Fronchetti disse:

    A interligação é mais importante que a própria transposição das aguas do rio S.Francisco, pois resolveria grandes problemas no Nordeste do Brasil . Quanto aos desvio , EXÉRCITO PODE SIM REALIZAR TAMANHA OBRA . HOJE EXÉRCITO EXECUTA A PAVIMENTAÇÃO DA BR 163 NO PARÁ , e com obra de ótima qualidade e sem DESVIOS DE DINHEIRO! Avante Brasil

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