Campanha encabeçada por psicólogos com o objetivo de fazer a sociedade parar para refletir sobre a importância dos assuntos relacionados ao universo dos sentimentos e emoções, o ‘Janeiro Branco’ pretende esclarecer a população sobre a importância do cuidado com a saúde mental. Em outra perspectiva, a campanha propõe dar uma página em branco a todas as pessoas, para que juntas possam pintar novas histórias de uma vida mais feliz e saudável para si mesmas.
A ideia cresceu e começou a ser trabalhada em todo o país por diversos profissionais (não só da área de saúde) e instituições (públicas e privadas). É o caso da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE)/Imip. “A temática da saúde mental é transversal e cada vez mais abrangente, pois está ligada desde as relações saudáveis no trânsito, no trabalho e na família até questões como o bullying e a construção/desconstrução de estereótipos. Portanto, ela deve fazer parte das discussões em sociedade, dos consultórios médicos, unidades de saúde e das rodas de conversa entre amigos”, ressalta a psicóloga Tatiany Torres.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que as taxas de suicídio, depressão e ansiedade aumentaram muito em todo o mundo e por isso o tema deve ser tratado com seriedade, ocupando todos os espaços possíveis. “Se não começarmos a falar abertamente sobre os transtornos mentais e doenças da psique, essas questões vão sempre ficar ocultas e invisíveis. É preciso quebrar o tabu, desmistificar esses conteúdos e democratizar as discussões, incentivando a valorização do equilíbrio mental e da existência humana. Estamos trazendo essa reflexão para a UPAE e está na nossa programação promover um momento de discussão com os usuários da Unidade”, adianta a profissional.
Prevenção
De acordo com Tatiany, todas as pessoas possuem um nível de ansiedade, medo e melancolia, por exemplo. A grande questão é o limite saudável desses sentimentos, pois facilmente eles podem virar um transtorno mental. “Cada pessoa é única e capaz de suportar cargas emocionais de forma diferenciada. Por isso, é preciso estar alerta e nunca menosprezar os próprios sentimentos ou a dor alheia”, aconselha. Segundo a psicóloga, atitudes como isolamento, tristeza prolongada, irritabilidade, agressividade e perda de prazer em atividades do dia a dia, devem ser observados.
Com autoajuda se consegue muita coisa.