No último sábado (31/10) em Petrolina aconteceu o julgamento de João Grilo – um dos personagens mais famosos da do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna – através da encenação da equipe do Teatro Popular de Arte e apresentação de argumentações de promotores de justiça e advogados vindos de várias localidades do Brasil, dentro do projeto Júri Épico. E não é que ele acabou sendo absolvido das acusações? Estudantes do curso de Direito e profissionais da área assistiram ao Júri Épico, que este ano ocorreu de forma híbrida, devido à pandemia da Covid-19, pelo YouTube, com mais de 20 mil visualizações. Presencialmente 250 pessoas prestigiaram (respeitando o protocolo da Vigilância Sanitária) com olhos atentos ao evento na Chácara Maria Leite.
Os profissionais fizeram uma aula prática rica de informações sobre a área do Direito, com a realização da Sala do Tribunal. O momento foi uma demonstração da pedagogia jurídica através das Metodologias Ativas. A obra de Ariano Suassuna foi transmitida para o público com emoção, manifestando a cultura do sertão, a antropologia e a riqueza da Literatura do país.
João Grilo absolvido
João Grilo, representado pelo ator Domingos Soares, foi julgado por dois crimes: o do cangaceiro Severino de Aracaju e o comparsa Cabra. Por maioria de votos, os jurados decidiram absolvê-lo, mas antes do juiz anunciar a sentença, foram mais de 12 horas de julgamento. Com o intuito de combater a criminalidade, muitas acusações foram relatadas pelos promotores com o apoio da testemunha Dora, a mulher do padeiro.
Projeto acadêmico
O projeto é coordenado pelos professores e advogados Diego Giesta e Anderson Araújo, responsáveis por idealizar e dar forma ao Júri Épico. Contou com a presença do gerente dos cursos de Direito da Rede UniFTC, Edson Medeiros, e do diretor da universidade em Petrolina, Andrei Mello, como também grandes nomes do cenário jurídico do país, como o juiz Elder Muniz, os promotores de justiça do MPPE (André Rabelo, Antonio Arroxelas, Angela Cruz, Eliane Gaia e Cíntia Granja) e os advogados criminalistas Marcílio Rubens, Zanoni Júnior, Fabiano Lopes, bem como, Maria Carvalho, que é membro da comissão de Direito Penal em Pernambuco.
Júri Épico 2021
Ano que vem quem vai a Júri Popular é o religioso e revolucionário brasileiro Frei Caneca (Joaquim do amor Divino Rabelo Caneca), que também foi líder da Confederação do Equador.
Frei Caneca defendia a igualdade entre os homens e apoiou movimentos pela independência do Brasil. Por essa razão, foi preso como rebelde e, posteriormente, julgado e condenado à forca em 10 de janeiro de 1825. Faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 13 de janeiro do mesmo ano.
Sugiro um novo juri épico, réu: Donos de carros com som alto que ficam perturbando o sossego da população de bem.
Só sendo uma peça fictícia,se fosse no mundo real iria pegar uns 30 anos,nunca vi justiça a favor de pobre.