O ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), garante que não faz mais parte da lista de possíveis candidatos ao Senado para compor uma majoritária com o governador Eduardo Campos (PSB). Pelo menos por enquanto – e em nome da unidade.
A decisão de João Paulo, com certeza, não é definitiva. Serve muito mais para aplacar os ânimos dentro do seu partido, depois do secretário das Cidades, Humberto Costa, ter declarado com o respaldo de Jorge Perez (presidente estadual da legenda) que o PT só apóia a reeleição do governador se tiver um candidato ao Senado ou na vice de Eduardo.
Para Jorge Perez e Humberto Costa, este nome não seria o de João Paulo. “Sou um homem de projeto. Na medida em que meu nome trouxe dificuldades, achei melhor retirá-lo para que o partido possa escolher um outro”, frisou João Paulo.
O petista deixou claro que foi o presidente Lula, e não ele, quem o colocou como candidato em potencial ao Senado, ao lado do deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB).
O próprio João Paulo admitiu que ele e Monteiro Neto seriam os mais adequados para a majoritária. Mas diante da celeuma, preferiu sair momentaneamente do páreo, até porque justificou que a prioridade é a eleição do sucessor do presidente Lula e a reeleição de Eduardo em Pernambuco.
Sem essa discussão agora, acredita, o PT poderá pensar na unidade da aliança e definir com mais calma quem será o candidato. João Paulo adianta que não fará objeção a nenhuma indicação, desde que seja um elemento agregador e que tenha representatividade.
Dentro do seu raciocínio, o ex-prefeito não descartou nem mesmo Humberto Costa, do qual diverge no partido. “Humberto é uma grande liderança e se o partido fizer a escolha por ele, não tem problema nenhum. Mas é o governador que vai coordenar esse processo. Se ele entender que (Humberto) é um nome importante, de mim não terá objeção nenhuma”, comentou.