A ex-primeira-dama Pâmela Bório, nascida em Senhor do Bonfim e ex-estudante da Uneb em Juazeiro (BA), foi tornada ré pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A decisão, unânime, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, com apoio dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e da ministra Carmén Lúcia.

Bório foi flagrada em vídeos e fotos no telhado do Congresso Nacional durante a depredação das sedes dos Três Poderes. Ela é acusada de crimes graves, incluindo associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O ministro Alexandre de Moraes destacou em seu voto que Pâmela Bório não apenas participou das manifestações, mas também divulgou imagens que incentivavam os atos violentos. A identificação de Bório como uma das participantes foi possível devido a uma notícia-crime apresentada pelo PSOL, que incluiu capturas de tela de publicações feitas por ela no dia dos ataques, algumas em áreas restritas do Congresso.

A decisão do STF segue a denúncia do procurador Paulo Gustavo Gonet Branco, que apresentou provas da presença e envolvimento de Bório nos atos, inclusive com seu filho menor de idade no local. A jornalista e ex-primeira-dama é acusada de permanecer associada aos invasores que causaram danos significativos ao patrimônio público. (Fonte: Jornal da Paraíba)