Jornalismo de luto: Morre em São Paulo Joelmir Beting

por Carlos Britto // 29 de novembro de 2012 às 06:55

O jornalista Joelmir Beting morreu na madrugada desta quinta-feira (29) aos 75 anos em São Paulo. Ele estava internado desde 22 de outubro por causa de complicações renais, resultantes de uma doença autoimune. O quadro se agravou após o acidente vascular hemorrágico, que o deixou em coma e respirando com ajuda de aparelhos.

Ele respirava com auxílio de aparelhos desde o último domingo. Joelmir havia entrado em estado de coma irreversível, segundo boletim médico divulgado nessa quarta-feira pela equipe médica do Albert Einstein.

A notícia da morte foi confirmada no começo da madrugada por seu filho no Twitter. “Um minuto de barulho por Joelmir Beting“, escreveu.

O corpo será velado na manhã desta quinta-feira, a partir das 8h, no cemitério do Morumbi, zona sul de São Paulo.

Joelmir Beting era casado desde 1963 com Lucila e teve dois filhos: o também jornalista Mauro Beting, e o publicitário Gianfranco.

Mauro Beting, que estava no ar pela Rádio Bandeirantes, leu uma carta em homenagem ao pai. Num trecho dela, disse: “Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa. Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas”.

Trajetória

Nascido em 21 de dezembro de 1936 na cidade de Tambaú, interior paulista, o palmeirense Joelmir Beting trabalhava atualmente na TV Bandeirantes, onde fazia comentários e apresentava o Canal Livre. Joelmir cursou sociologia na USP e iniciou a carreira jornalística em 1957 na Rádio Jovem Pan e nos jornais O Esporte e Diário Popular, como repórter esportivo, mas resolveu partir para o noticiário econômico.

No final dos anos 60, assumiu a editoria de economia da Folha de S.Paulo. Em 1991, ele se transferiu para o Estado, onde permaneceu até janeiro de 2004. Joelmir também escreveu dois livros e ensaios em revistas semanais e passou pelas tevês Gazeta, Record, Globo e Bandeirantes. (Fonte/foto: Agência Brasil)

Jornalismo de luto: Morre em São Paulo Joelmir Beting

  1. Amaral disse:

    pra mim, era o melhor do brasil. grande perda

  2. Machado Freire disse:

    Joelmir é daquele tempo (do meu tempo) que apra ser jornalista tinha antes que ser repórter e fazer “cultura geral”, do esporte ao social, passando pelo policial e a cobertura do dia-a-dia da política.

    A propósito, lembro que certa vez eu estava “curtindo” uma entresafra e me ofereceram um frila (free lancer). Imagine, para cobir um campeonato de um esporte que eu jamais tinha curtido: ping-pong.
    Não me fis de rogado e segurei a grana gorda.

    Pois é, o Joelmir fez futebol por um bom templo e de repente se jogou de corpo e alma -muito maia a cabeça, na economia e tornou-se um dos comentaristas mais famosos do Brasil.

    Mas ele era “pau pra toda obra”: estava na TV, no jornal impresso e nos microfones de rádio.

    Pra ser bom, tem que ser eclético. E ele o era . Foi muito bom, fez escola e deixou seu filho -um excelente radialista e grande profissional.

    O exemplo de Joelmir deve ser seguido pelos companheiros que fazem imprensa.

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