Nascida em Juazeiro (BA), Candice Pascoal, fundadora e CEO da Kickante, uma das mais famosas plataformas de crowdfunding (financiamento coletivo) do Brasil, diz que o sistema é uma forma eficaz de fazer com que as pessoas realizem seus sonhos. A Kickante é um site no qual as pessoas cadastram projetos que precisam de financiamento e divulgam para que outras pessoas se interessem pelo projeto e doem dinheiro para ele sair do papel. Com pouco mais de três anos de fundação, a empresa de Candice já arrecadou R$ 40 milhões em mais de 50 mil campanhas.
“Percebi que todos têm um sonho, seja ele empreender, gravar um CD, produzir uma HQ, entre outras coisas, mas muitas vezes as pessoas não os realizam por falta de uma série de fatores como capital, planejamento e conhecimento. Foi com essa experiência que tive a ideia de lançar a Kickante, uma ferramenta que pode ajudar muita gente a, enfim, se encontrar com seu sonho”, diz Candice.
Candice agora mora em Amsterdam, capital da Holanda. Ela conta que viveu até os 14 anos em Juazeiro, depois foi para a capital baiana, onde se formou em administração com ênfase em Comércio Exterior, na Universidade Salvador (Unifacs). “Depois de formada fui para França, Estados Unidos e hoje moro na capital da Holanda, Amsterdam. Mas a Bahia sempre será minha casa. Minha família ainda está toda aí e amo voltar”, garante.
A baiana conta que o Kickante surgiu depois de já ter experiência com captação de recursos na Europa, Ásia e Américas do Norte e Sul, trabalhando com organizações a exemplo dos Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha e Anistia Internacional. “Nesta época, percebi que tudo era feito com um custo enorme, o que acabava inviabilizando a arrecadação em massa para a maioria das instituições. Foi aí que identifiquei o potencial do crowdfunding, pois através dele qualquer pessoa pode arrecadar fundos e tirar seus projetos do papel. Empolgada com o poder transformador e social dessa ferramenta, decidi investir no segmento no Brasil”, revela.
Faturamento
Candice afirma que a Kickante se sustenta financeiramente cobrando uma taxa de 12% sobre o valor arrecadado na campanha, incluindo todas as taxas de pagamento e até de adiantamento de parcelamentos. Ela destaca que o financiamento coletivo também é uma forma 100% segura para quem acaba empreendendo “por necessidade”, por falta de opções, como forma de sair da carência financeira.
“Você consegue estipular o valor real que precisa para colocar seu projeto em prática. Não há taxas abusivas como acontece nos financiamentos bancários e empréstimos. Você consegue ter o valor antes mesmo do início da produção ou execução, consegue entender a demanda a partir do que está ofertando, e é uma possibilidade de conhecer o consumidor do seu projeto”, enumera.
O segredo do sucesso do crowdfunding, para Candice, é que o empreendedor consegue fazer a chamada “arrecadação das multidões”, na qual não é necessário ter uma grande contribuição de uma única pessoa. As pessoas como um todo, colaborando com o que podem, conseguem levantar e colaborar com a campanha. “Além disso, pelo financiamento coletivo você tem uma forma eficaz e positiva de apresentar seu projeto. É uma pré-venda sem risco ou custo inicial, contando com uma equipe de experts na plataforma gratuitamente”, afirma.
Livro
Candice inclusive utiliza a própria plataforma para alavancar os outros projetos: o primeiro livro dela, “Seu Sonho Tem Futuro”, lançado pela editora Gente, conta com uma campanha no site. “Quem adquirir o livro nesta edição concorre a R$ 35 mil para tirar sua ideia do papel e, enfim, viver o sonho que for: montar uma empresa, lançar um livro, viajar o mundo”, relata.
Ela conta que no livro destaca conceitos como a “Quebra da Cultura do Acerto”, que pode levar as pessoas a lidarem com eventuais fracassos. “Eu proponho quebrar o conceito do erro. O empreendedor precisa se permitir errar e abraçar este equívoco, tirando o máximo de experiência que puder dele“, afirma. (fonte: G1-BA/foto: divulgação)
ELE É AQUI DE PETROLINA E NÃO DE juazeiro.
Só porque você quer invejoso! Ela é de JUAZEIRO, queira vc ou não!
Parabéns à empreendedora, seria bom se tivéssemos mais pessoas com esta mentalidade, com certeza a realidade seria outra na bananalândia. Se pelo menos metade da população tivesse uma educação financeira, aprendessem a controlar gastos, a poupar e a investir seus excedentes, teríamos uma economia mais aquecida e próspera, com mais empregos e qualidade de vida. Mas com este Estado gordo que temos, com suas leis fascistas e tomando metade das nossas rendas, fazendo da atividade empreendedora uma coisa quase proibida, não há muito o que se fazer senão dar vôos de galinha.
Mais uma filha ilustre de JUAZEIRO – BAHIA. Já vai em quantos agora???