Em meio ao imbróglio jurídico que pode atrapalhar a pré-candidatura do ex-prefeito Isaac Carvalho (PT) nas eleições deste ano em Juazeiro, o atual grupo de oposição na cidade vive o mesmo impasse que a oposição à época de quando Isaac era o prefeito.
Em 2016, o nome apoiado por Isaac para sucedê-lo, Paulo Bomfim, conseguiu se eleger, em parte, pela falta de consenso dos adversários em torno de um nome que pudesse barrar a continuidade da gestão de Isaac. Agora, os governistas de oito anos atrás sentem na pele o estigma que parece acompanhar a oposição no principal município do norte baiano.
Isaac vem colecionando derrotas jurídicas para provar que não cometeu improbidade administrativa quando comandou a Prefeitura de Juazeiro. O ex-gestor é apontado como um forte nome que derrotaria a atual prefeita, Suzana Ramos (PSDB), que tenta a reeleição. O problema de Isaac é o tempo.
A menos de três meses para as eleições, o ex-prefeito continua inelegível por conta dessa aresta judicial, mas ele ainda acredita que conseguirá resolver o problema dentro do prazo para garantir sua candidatura. Em contrapartida, os outros dois nomes da Federação formada por PT-PCdoB-PV – Roberto Carlos (PV) e Zó (PCdoB) – alertam que o grupo precisa definir o quanto antes quem irá para disputa. Isso porque, pela nova lei eleitoral, apenas um nome da Federação pode ser o escolhido. A demora, segundo eles, pode facilitar a reeleição de Suzana. Ou seja: o filme de 2016 poderá se repetir em 2024, dessa vez com papéis invertidos. Novos capítulos dessa novela ainda estão por vir.