Os integrantes do Tribunal do Júri da Comarca de Camaragibe decidiram, na tarde de hoje (25), pela absolvição de Danilo Paes Rodrigues. A magistrada Marília Lócio proferiu a sentença por volta das 15h30, no plenário da 1ª Vara Criminal de Camaragibe.
O Promotor de Justiça Leandro Guedes Matos (foto) apresentou, no julgamento, a tese pela absolvição do réu. No entendimento dele, as provas técnicas não foram suficientes para formar a convicção de que Danilo teria agido em conjunto com sua mãe, Jussara Paes Rodrigues da Silva, no homicídio e ocultação do cadáver do seu pai, Denirson Paes da Silva.
“O resultado do Tribunal do Júri é soberano. No caso de hoje, foi convergente com a posição ministerial de que, após a análise minuciosa dos autos, não é possível assegurar que o réu Danilo participou dos atos da morte e ocultação do cadáver de Denirson Paes. Examinei com imparcialidade as evidências e expus um entendimento, que ao final foi acolhido pelos jurados“, destacou Leandro Guedes.
Ao término do julgamento, não foi apresentado pedido de recurso ao Poder Judiciário. O prazo legal permite que esse pedido seja formulado em até cinco dias.
Como foi
O segundo e último dia do julgamento começou com o interrogatório do réu Danilo Paes Rodrigues, à 9h08. Durante cerca de 50 minutos ele respondeu aos questionamentos da juíza, do Ministério Público, da assistência de acusação e da defesa.
Logo em seguida, o membro do MPPE revisou as provas periciais, em especial a reprodução simulada conduzida pela Polícia Civil (PC) no local do crime.
“Há informações do laudo pericial que não se sustentam. Esse estudo foi a peça fundamental para imputar a Danilo a coautoria do crime e, pelo que as imagens evidenciaram, não há certeza absoluta de que uma segunda pessoa teria ajudado Jussara a matar e desmembrar o corpo da vítima“, apontou Leandro Matos. Com base nessa premissa, ele se posicionou, perante os jurados, em favor da absolvição do réu.
Já o assistente de acusação, Carlos André Dantas, apresentou uma tese divergente. De acordo com ele, Danilo teria praticado o crime em conjunto com a mãe, motivado por interesse financeiro. A defesa, por sua vez, optou por questionar a investigação desenvolvida pela Delegacia de Camaragibe – que, segundo os advogados, foi “apressada e inconsistente“. As informações são do MPPE.