O juiz da Comarca de Cabrobó (PE), Marcos Gadelha, negou o mandado de segurança do vereador Jorge Cavalcante (PSD), que pretendia retornar à presidência da Câmara Municipal. Jorge havia sido afastado do cargo maior da Casa Legislativa por decisão unânime de 11 vereadores, que hoje investigam supostas irregularidades nas finanças da presidência da Câmara.
No pedido de liminar, Jorge alegou ser vítima de “ato abusivo” no processo que o afastou da presidência. O documento diz que os seus colegas vereadores se voltaram contra ele porque, enquanto presidente, o parlamentar suspendeu o pagamento de despesas para seus pares devido à recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), após a divulgação das despesas na internet (Portal do Cidadão/TCE) e da insatisfação da população. Isso, segundo a argumentação de Jorge, teria gerado uma revolta nos vereadores e desencadeado uma verdadeira cruzada contra sua pessoa.
O juiz Marcus Gadelha, contudo, não avaliou desta forma e concluiu que não houve qualquer violação abusiva por parte dos vereadores contra os direitos de Jorge. Segundo o magistrado, o afastamento do presidente é necessário para o devido andamento das investigações.
Curiosamente, a decisão do juiz diz que Jorge continuará afastado das funções de presidente e também o afastou das funções como vereador. (fonte: Folha da Cidade)