Mesmo com a divulgação de novos números e com a expectativa de que seja ampliado em Petrolina, o serviço 190 da Polícia Militar continua sendo alvo de reclamações. Desta vez, o leitor Anderson Silva escreveu ao Blog relatando sua indignação.

Além da demora para atender os usuários, Anderson reclama da qualidade do atendimento. De acordo com o leitor, em uma ocorrência ontem (27) no bairro Jardim Petrópolis, zona oeste da cidade, ele teria sido orientado pela própria polícia a se expor e dar de cara com os bandidos envolvidos.

Vejam:

Sou um leitor assíduo do seu Blog e venho por meio deste e-mail apresentar a minha indignação e revolta com o número do telefone 190 da Polícia Militar de Pernambuco. Sei do ótimo trabalho prestado por esses profissionais, porém o serviço 190 está deixando a desejar.

Ontem, dia 27 de novembro, por volta das 12h30, ao chegar em casa no bairro Jardim Petrópolis verifiquei – próximo a minha residência – que tinha uma pessoa aparentemente drogada fazendo algumas coisas esquisitas no meio da rua, como dar pulos e rolar como se fosse um pneu em pleno sol quente.

Identifiquei que o homem morava próximo a minha residência, que inclusive estava preso e foi solto nos últimos dias. Na noite da terça-feira (26), a polícia levou o indivíduo na casa dele e falou ao pai que ele seria novamente encaminhado ao presídio porque havia sido pego no bairro São Gonçalo ameaçando algumas pessoas.

Até aí tranquilo, mas na manhã do dia seguinte ele já estava em liberdade novamente. Só que desta vez a casa estava trancada, pois seu pai estava trabalhando. Foi quando ele resolveu pular o muro, quebrar a porta e a janela, e levar alguns pertences. Achando pouco, ele ainda pulou o muro de duas residências, assustando os vizinhos, inclusive com uma faca na cintura.

Por volta das 12h30, resolvi ligar para o número 190. Liguei duas vezes e não me atenderam. Na terceira tentativa, o policial – que me atendeu mal – garantiu que iria enviar uma viatura ao bairro. Passando quase 20 minutos, liguei novamente e o mesmo me pediu para que entrasse em contato com o pai do acusado, pois queria falar diretamente com ele. Nesse exato momento, eu vi que o pai chegava ao local e também tentava contato com a polícia. Depois de alguns minutos, resolvi ligar e o mesmo policial atendeu, depois falou no celular e após alguns instantes bateu o telefone.

Resolvi pedir a minha esposa que ligasse. O atendente, bem aborrecido, alegou que já havia enviado uma viatura e desligou. Às 13h35, a Polícia Militar chegou ao local, conversou com o pai do rapaz e o deteve.

Nesse momento, eu retornei novamente para o número 190 com o intuito de informar ao atendente para que passasse a informação ao pessoal da viatura informando que o indivíduo tinha entregado a faca a outro comparsa, que estava tentando escondê-la.

O policial que me atendeu informou que eu deveria ir até a viatura e fazer a indicação de quem estava com a faca, ou seja, teria que ir de cara e acusar o meliante.

Eu, como pai de família e pagador de impostos como todo cidadão, fiquei muito indignado com essa situação. Os policiais demoram mais de uma hora para chegar ao local da ocorrência e o acusado ainda consegue se livrar do flagrante da faca. E o pior: a própria PM ainda queria que eu me envolvesse com o acusado.

Anderson Silva/Leitor