Leitor envia reportagem sobre irregularidades na merenda escolar em São Paulo

por Carlos Britto // 05 de agosto de 2009 às 10:21

merenda-escolar1O leitor Carlos André nos enviou uma reportagem sobre a polêmica terceirização da merenda escolar na cidade de São Paulo, veiculada pelo portal de notícias G1. Confiram:

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) entrou com uma ação civil pública na Justiça para suspender a terceirização da merenda escolar na rede municipal de ensino. Segundo a Promotoria, o esquema de fraudes e pagamento de propina a servidores públicos começou em 2001, na gestão da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e segue até hoje, sob a administração Gilberto Kassab.

Uma testemunha ouvida pelo Ministério Público afirma que as seis empresas acusadas de formação de cartel para combinar os preços dos pregões pagaram R$ 1 milhão ao ex-secretário municipal de Abastecimento, Valdemir Garreta, para que o sistema de fornecimento da merenda fosse terceirizado.

Em entrevista coletiva, o promotor Silvio Antonio Marques não quis revelar o nome da testemunha, cuja identidade está sob sigilo e é identificada apenas como “sr. X”. Ele disse, no entanto, que o depoimento tem credibilidade, pois essa pessoa teria participado das reuniões em que os representantes das empresas de merenda combinaram o pagamento.

De acordo com outros depoimentos e provas colhidas nas investigações, haveria, desde 2001, o pagamento de propina mensal a funcionários da prefeitura no valor de 10% do contrato com cada empresa -quantia que continuaria sendo entregue até hoje.

O MP pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos investigados para apurar a origem e o destino da propina. A Promotoria identificou uma movimentação suspeita de pelo menos R$ 22 milhões, em espécie, por dirigentes das empresas SP Alimentação, Sistal Alimentação, Nutriplus, Terrazul Alimentação, Geraldo J. Coan e Convida Alimentação.

A ex-prefeita Marta Suplicy negou, por meio de nota, qualquer irregularidade e classificou as acusações como “absurdas” e “infundadas”. “Enfrentei uma Prefeitura arrasada, escolas sem merenda e consegui encerrar o governo oferecendo não só bolachas e leite, mas refeições completas com legumes, carnes, frutas, feijão e arroz,  sobremesa, num cardápio elaborado por nutricionistas”, afirmou.

Valdemir Garreta também negou as acusações e disse não ter tido acesso ao depoimento. “Enquanto secretário municipal de Abastecimento, o relacionamento da Pasta com empresas fornecedoras sempre se deu de modo transparente, ético e legal”, disse.

Na ação civil pública, o promotor pede a anulação dos contratos em vigor e a suspensão de um novo pregão que seria finalizado na próxima sexta-feira (7/8). Quatro das seis empresas acusadas de irregularidades ganharam oito dos 14 novos lotes na nova licitação -apenas Nutriplus e SP Alimentação ficaram de fora.

Segundo Silvio Antonio Marques, o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, pode ser alvo de uma ação de improbidade administrativa por não ter excluído essas empresas do processo de escolha dos novos fornecedores. Em fevereiro, o MP já havia recomendado que a Prefeitura reassumisse a administração da merenda em toda a rede.

A Secretaria Municipal de Educação defendeu na época o sistema terceirizado e disse que a volta da alimentação escolar fornecida 100% pela Prefeitura seria impossível.

Outros motivos que levaram a Promotoria a pedir o fim da terceirização são o preço elevado e a baixa qualidade dos alimentos servidos às crianças. Silvio Antonio Marques disse que a merenda servida pelas merendeiras da Prefeitura é até 30% mais barata em relação à terceirizada.

Destacou ainda que fiscalizações demonstraram que eram servidos alimentos estragados ou fora da validade e em quantidades inferiores às previstas nos contratos. A ação civil pública corre agora na 17ª Vara da Fazenda Pública, que analisará o pedido de liminar.

Leitor envia reportagem sobre irregularidades na merenda escolar em São Paulo

  1. FELIPE disse:

    acaba de ser suspenso o processo licitatorio da terceirização da nossa merenda,qual a surpresa senhores ,uma das 3 empresas presentes era justamente a tal acusada pelo ministerio publico de SP acima citada pelo caro leitor…que coincidencia . esse julio lossio nao é brinquedo mesmo.

  2. Pedra Linda disse:

    Deve ter sido o novo acordo Lóssio e Serra.

  3. epaminondas disse:

    voces ainda vao ver muita coisa” feia” nessa administraçao.
    espero com a ajuda de Deus que “ninguem” seja pego com o que e do alheio…
    temos que rezar…rezar muito!
    em petrolina ,ja se viu de quase tudo …mas ainda,ainda… nao se prendeu ninguem por sumir com coisa publica.
    a terra do impossiveis esta de logica mudada.errada?1!
    so o supremo sabe po apelar pra jesus…

  4. nadal freire disse:

    MP pede que Prefeitura de SP anule contratos de merenda suspeitos de fraude
    William Maia – 05/02/2009 – 19h36

    O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) recomendará ao prefeito Gilberto Kassab a suspensão e a rescisão dos contratos com dez empresas responsáveis pelo fornecimento e administração da merenda nas escolas da rede municipal de ensino.

    O pedido parte de uma investigação que aponta irregularidades no processo de licitação do serviço. Segundo o MP, as empresas vencedoras dos pregões combinavam os preços e dividiam previamente os lotes em que cada uma iria atuar.

    Além da recomendação, os promotores devem convocar nas próximas semanas os secretários municipais de Gestão e Educação para prestar depoimento. Também serão ouvidos os funcionários responsáveis pela realização do pregão e pela gestão dos contratos.

    As investigações começaram após levantamento feito a pedido da própria Prefeitura, que mostrou um custo 3,7 vezes maior na merenda terceirizada do que no serviço prestado pela administração municipal.

    De acordo com o promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, Silvio Antônio Marques, é preciso “acabar com a sangria dos cofres públicos”, com a Prefeitura reassumindo a distribuição da merenda. Ele ressaltou que existem também acusações de má qualidade e armazenamento inadequado dos alimentos.

    Relatórios apresentados pelo CAE (Conselho de Administração Escolar), órgão que fiscaliza a qualidade da merenda, mostram a existência de alimentos estragados ou fora da validade, além de medidas decorativas para disfarçar a quantidade inferior do que a contratada. Pedaços de carne eram desfiados para aparentar maior volume.

    Em depoimento, dois ex-advogados de empresas investigadas teriam confirmado a existência do esquema, que ainda contaria com o pagamento de propina a servidores públicos. O objetivo do suborno seria evitar a fiscalização da Prefeitura sobre a execução do contrato.

    Uma das empresas pagaria propina diária de R$ 50 mil a funcionários públicos de diversas prefeituras paulistas. Segundo o MP, o esquema atuava em pelo menos 12 cidades do Estado: Barueri, Cotia, Guararema, Hortolândia, Itapevi, Itaquaquecetuba, Itatiba, Leme, Mauá, Osasco, Ourinhos e Taubaté. Há suspeitas de que as fraudes também ocorreriam em municípios do Rio Grande do Sul.

    Das 10 empresas investigadas, seis fornecem diariamente 1,2 milhão de refeições para a rede pública de ensino da Capital, ao custo total de R$ 200 milhões por ano, são elas: SP Alimentação, Sistal Alimentação, Geraldo J. Coan, Convida Alimentação, Terra Azul Alimentação e Nutriplus.

    Para Silvio Antonio Marques, há “indícios estarrecedores” de superfaturamento, formação de cartel e formação de quadrilha, além de provas contundentes de inexecução dos contratos.

    Memorização e Leitura Dinâmica para Concursos

    Marisa Aguetoni Fontes

    De R$ 29,00

    Por R$ 23,20

    Direito do Trabalho

    Vólia Bomfim Cassar

    De R$ 130,00

    Por R$ 104,00

    Constituição Federal Comentada

    Nelson Nery Júnior, Rosa Maria de Andrade Nery

    De R$ 274,00

    Por R$ 219,20

    MP pede fim de terceirização da merenda; fraudes vão de Marta a Kassab
    STJ aplica Lei Maria da Penha a ex-namorados
    Falta consciência ambiental na Justiça, diz promotora do Amapá
    Lula sanciona criação de 230 novas varas federais até 2014
    MPF quer retirar símbolos religiosos de repartições públicas em São Paulo
    TJ-SP concede liminar e libera cobrança de pedágio no Rodoanel
    MP processa Maluf para devolução de R$ 300 mi desviados em superfaturamentos
    Virgílio vai ao CNJ contra juiz que proibiu divulgação de conversa dos Sarney
    Concluído processo de desocupação da reserva Raposa Serra do Sol
    Contribuinte é obrigado a arcar com pagamento de juros e correção sobre a CPMF
    TJ-SP concede liminar e libera cobrança de pedágio no Rodoanel
    MP pede fim de terceirização da merenda; fraudes vão de Marta a Kassab
    Tribunais fogem da cruz: apenas desembargador do TJ-SP defende o crucifixo, e especialistas se dividem
    Decisão do CNJ nega retirada de crucifixos de órgãos do Judiciário
    Lula sanciona lei que muda regras para adoção no país
    processo consumidor tributário civil advocacia juiz constitucional legislativo previdenciário direito penal trt comercial trabalho administrativo ambiental eleitoral tribunal livraria condenação

  5. pedro disse:

    lossio na escolinha de serra , vai serrar td valha meu Deus!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários