Colégio Dr. Edson Ribeiro x Praça Barão do Rio Branco:
Vamos começar pelo começo: a Prefeitura de Juazeiro, com o dinheiro do povo, construiu a belíssima Praça Barão do Rio Branco, com o seu coreto, os seus bancos feitos em cimento trabalhado que lembravam o desenho de árvores, e com muitas árvores – algumas delas ainda frondosas resistem naquele passeio do lado virado para a Pró-Matre, em que elas e os vestígios das pedras portuguesas comprovam a veracidade dos fatos.
Os mesmos que construíram a Praça, ‘contra a vontade do povo’ como dizia meu avô, em 1950 cederam 3 mil metros quadrados dela para a construção do Ginásio de Juazeiro – hoje Colégio Dr. Edson Ribeiro. Restou para a população uma Praça de 1,8 mil metros quadrados. Como para os espertos o que é do povo não tem dono, mais na frente, na década de 60, muraram o restante da Praça para servir como área de lazer dos alunos.
Veja bem que, o que era um bem de uso público, passou a ser de uso restrito dos alunos do colégio que inclusive pagavam e ainda pagam ou devem as suas respectivas mensalidades. Aliás, essa questão não interessa ao público porque o colégio é privado e, apesar do Partido Comunista do Brasil estar no poder em Juazeiro, o regime do País é capitalista. O que importa é que um bem que era público, passou a ter uso privado. Alguma dúvida quanto a isso?
O tempo passou, o colégio cresceu. Naquele tempo não havia essa história de crise… Muitos, como eu, passaram por lá… Ainda tenho nas memórias de criança a imagem daquela escola que tinha uma praça no quintal…
Na década de 80, o então prefeito Jorge Khoury, buscando devolver a Praça Barão do Rio Branco à cidade, facilitou a aquisição de uma área alienada ao Município no Loteamento Comandante Adélio para que o Colégio Dr. Edson Ribeiro construísse suas novas instalações. Após a aquisição do terreno e esquecendo o que foi apalavrado, o Colégio passou a investir na antiga estrutura com o claro intuito de valorizar o patrimônio ocupado e ter um maior retorno com a indenização das benfeitorias. Essa é a lógica! Construiu novas salas, quadra coberta e etc.
Se a intenção fosse diferente, teria investido nas novas instalações. Estou errado?
Há pouco tempo, o terreno onde a população pensava que seria erguido o novo colégio, foi vendido para uma incorporadora onde hoje estão sendo construídos alguns prédios. 1 x 0!
Agora, na Semana Santa, veio à tona uma tenebrosa transação: o Colégio estaria vendendo as benfeitorias construídas na área ocupada indevidamente e a Diocese de Juazeiro estaria vendendo o respectivo terreno. A Diocese? Patrimônio de Nossa Senhora das Grotas? Mas não era uma área de domínio público? Quer dizer que o município, com o dinheiro do povo, repito, investiu na construção de uma praça num terreno que não era seu? E depois ainda cedeu a área para terceiros construírem nela? Não creio!
E que direito tem a Diocese de vendê-lo após mais de meio século de silêncio? Quer dizer que, sendo assim, se ela resolver vender a Praça da Bandeira ou a Praça da Misericórdia para a construção de um shopping Center estará tudo absolutamente correto?
E que lição de ética e cidadania o Colégio está dando à nossa juventude falando em “uso capião” sobre um patrimônio público usurpado por ele? Ora, o Parágrafo 3º do Artigo 183 da nossa Constituição de 1988 diz, de forma absolutamente clara, que “os imóveis públicos não serão adquiridos por uso capião.”
Vou mais à frente: A Prefeitura Municipal de Juazeiro fornecerá alvará para a construção de um prédio, centro comercial ou seja lá o que for na praça em questão?
Se a praça do povo que estava ocupada indevidamente pelo Colégio não tem mais serventia para ele conforme declarou publicamente o seu diretor, que seja devolvida ao povo. Ainda que sejam os 1,8 mil metros quadrados. Por enquanto!!!
Não pode ser de outra forma! É justo que o município indenize as benfeitorias. Em contrário, é mero menosprezo à inteligência da população, desrespeito e insulto aos princípios básicos da Justiça.
Chamo a atenção da comunidade juazeirense, dos seus representantes e do Ministério Público para que fatos como esse não continuem a acontecer em nossa cidade, onde tudo parece ser permitido e possível.
Manoel dos Anjos (Manezim do Juá)
BELA EXPLANAÇÃO . TOMARA QUE AS CABEÇAS PENSANTES DE JUAZEIRO SE MANIFESTEM EM PROL DO MUNICIPIO.
Parece um filme.
Nunca imaginei que algo assim podia acontecer.
Vao a luta juazeirenses! Ou ja perderam as forças no carnaval ?
Que carnaval? O prefeito acabou para fazer a vaquejada…
Brito, tem algo parecido acontecendo pertinho de voce.
Voce percebeu que o terreno que fica entre o posto espacial e a joalina, foi todo cercado ?
Dizem que foi um senhor que mora no KM2 que resolveu tomar posse do tal terreno, inclusive bloqueando o acesso as duas ruas que margeam o terreno, orbigando as pessoas a darem voltas enormes para atravessar de um lado a outro.
Se a moda pega, tambem vou grilar alguns terrenos or ai.
Manezinho, vc é “arretado”, contou tudinho como se passou.
Vale lembrar ainda, que o tá de Assunção de Maria ( antigamente, Castro)disse que VAI (afirmando já) erquer “obra prima” alí, já destruiu todo patrimonio histórico da cidade (Casarões antigos) e ninguém faz nada??? !!!!!, esse Juazeiro. Não sou eu que tá dizendo, só tô lembrando de amigo meu daí, na nossa juventude dizia lá em Salvador quando estudavamos: – Tô com saudades do meu “Juazeirinho”, e eu não entendia, agora entendo.
Só N.Sra das Grotas para dar proteção, num CELESTE AMOR.
britto vc tá de parabens pela audiencia, vá em frente companheiro.
Ô Mariazinha, que prazer!!! Mariaziha da Petró!
Era tudo que eu precisava… Amor a primeira lida… Celeste Amor! Bom!!!
É, o nosso Juazeirinho continua Cachorro. E muito.
O grande artista Assuncão de Maria tem sido o maior predador do nosso patrimônio arquitetônico. Fez arte com a “Vila Amália” – aquela casa que ficava atras da Catedral, fez arte com a casa de Miguel Siqueira que ficava colada a Sociedade 28 de Setembro, fez arte… É cidadão juazeirense!!!?
Já o diretor, plantou aquele monstrengo no coração da cidade, da forma que foi, e virou nome da praça em frente ao colégio.
É muito trabalho para a nossa Senhora das Grotas…
audiência?????
Que falta faz “1,8 mil metros quadrados” de lugar para as pessoas de Juazeiro ? …
Manoel dos Anjos, você está tirando do breu da consciência e do esquecimento do povo Juazeirense esse desgoverno, essa falta de ética, essa vergonha, pra não dizer coisa pior, que reside na tal ‘história do Colégio Dr. Edson Ribeiro”. Confesso que comemorei internamente ao ver a primeira parede cair. Perdoem-me os nostálgicos, mas, aquele colégio é o nosso “Muro da vergonha”. Oxalá Deus queria que coisa menos pior seja feita daquele lugar. Obrigada Manoel, obrigada mesmo!