Leitor tenta cirurgia no HU para seu sogro, não consegue e critica excesso de burocracia

por Carlos Britto // 01 de dezembro de 2014 às 10:31

Hospital UniversitárioIrritado por não ter conseguido uma cirurgia no Hospital Universitário para seu sogro que fraturou o pé direito, o leitor Pedro de Aquino Amorim Júnior (residente na Rua 10, n° 210 do Loteamento Vale Dourado, em Petrolina) critica também o excesso de burocracia da unidade médica para transferir o paciente para SOTE, em Juazeiro.

Confiram:

No dia 22/11/2014 o meu sogro, o Sr. Manoel Viana da Silva, 68 anos, sofreu um acidente doméstico no qual teve uma fratura exposta no pé direito. Então eu o encaminhei até ao Hospital de Traumas, onde foi prontamente atendido e realizado o primeiro procedimento, a colocação de um fio para estabilizar o pé, para que em seguida fosse feita a cirurgia.

O hospital informou que a cirurgia seria realizada na terça-feira, dia 25/11/2014, mas infelizmente não foi realizada. E a partir desse dia foi uma Via Crucis, não deram sequer nenhuma informação em relação ao seu estado de saúde, o porquê da não realização da cirurgia, nem quando a mesma seria realizada. Nesse dia, requisitamos a sua transferência para outra unidade hospitalar, mas nos foi negado e disseram que poderíamos retirá-lo, porém não entregariam o prontuário médico.

Na quinta-feira, dia 27/11/2014, fomos informados que a mesma seria realizada, porém mais uma vez não foi realizada e não disseram por que não foi realizada. Na sexta-feira dia, 28/11/2014, conseguimos que a cirurgia fosse realizada na SOTE. então, requisitamos a sua transferência, mas, nos foi negado e não diziam por que dessa negativa.

Um vereador de Petrolina afirmou que conseguiria que a cirurgia fosse realizada no sábado, dia 29/11/2014, na SOTE, sem a necessidade do laudo médico. Então, devido ao desespero, retiramos o paciente mesmo sem o consentimento do HU. A partir daí o desespero triplicou. Como eu já afirmava à família que seria impossível que a SOTE o recebesse para a realização da cirurgia sem o laudo médico. A SOTE não o internou, mas pela intercedência de um médico amigo da família, doutor George nos entregou uma solicitação para que o HU enviasse um “relatório médico com o diagnóstico inicial, procedimento realizado, o que necessita ser realizado no momento e a cópia do prontuário médico”.

Fomos de imediato ao HU para que fosse providenciada a documentação necessária para que a SOTE realizasse a cirurgia no dia seguinte. Mas, para a nossa surpresa, nos negaram a entrega da documentação. Imploramos à secretária de Dr. Paulo Saad, Joselita, porém a mesma não se dispôs a entregar os mesmos, dizendo que o prontuário já havia sido entregue ao SAME. Afirmei que o HU não tem a agilidade necessária em relação a sua função: realizar cirurgias. Quantos menos, arquivar documentos.

O prontuário foi localizado, mas ela necessitava pedir uma autorização ao Dr. Paulo Saad. Afirmou que não estava conseguindo entrar em contato, pois o mesmo estava em uma intervenção cirúrgica. Pedindo que retornássemos no dia 01/12/2014, segunda-feira. Voltamos para casa com as mãos abanando e com o Sr. Manoel Viana com um risco iminente de uma infecção. Não consigo entender e fico muito revoltado como uma unidade hospitalar que não tem condições de realizar um procedimento e não transfere para outra que se dispõe a realizá-lo. Esquecem os responsáveis do HU que na Resolução da CFM (Conselho Federal de Medicina) n° 1931/2009 no Capítulo X(documentos médicos) é vedado ao médico, Artigo nº 86, “Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu representante legal, quando aquele for encaminhado ou transferido para a continuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta”; Artigo n° 88, “negar, ao paciente, o acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros”.

Espero em Deus que os responsáveis pelo HU o mais breve possível agilizem a entrega dos documentos. Caso contrário iremos até as últimas consequências para consegui-los.

Atenciosamente,

Pedro de Aquino Amorim Júnior/Leitor

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