A falta de abrigos em pontos de ônibus do Bairro São Gonçalo, zona oeste de Petrolina, vem gerando muitas reclamações entre os usuários do transporte coletivo na comunidade, e agora o assunto se transformou num impasse.

De acordo com o líder comunitário Cícero Romão de Souza, no ano passado um abaixo assinado contendo nomes de 4.080 moradores foi entregue à promotora de Justiça de Defesa da Cidadania, Ana Cláudia de Sena Carvalho, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), para que o órgão recomendasse à administração municipal a construção de seis abrigos no São Gonçalo.

Cícero também afirma que o terminal do bairro também precisa urgentemente de melhorias. “Aquilo está uma pocilga”, desabafou. Mas para surpresa dele, a prefeitura alega não ter recursos suficientes para construir os equipamentos. Num ofício enviado à representante do MPPE, no último dia 29 de março, assinado ainda pelo então diretor presidente da Autarquia Petrolinense de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA), Paulo Valgueiro, a justificativa dada é a de que “a construção dos abrigos informados está pendente da liberação de valores por parte da Caixa Econômica Federal”.

Insatisfeito com a resposta, Cícero disse que a explicação não convence a comunidade. “Eles não tem recursos para fazer os abrigos nos pontos de ônibus, mas têm recursos para vender vários terrenos, para fazer São João…isso é uma palhaçada”, criticou. Ontem (14) Cícero procurou apoio dos vereadores da Casa Plínio Amorim para intervir na questão, mas a sessão plenária já tinha se encerrado. Ele ressaltou que deverá recorrer junto ao MPPE no intuito de pressionar a administração a construir os abrigos. Com a palavra, a prefeitura.