Longas filas para atendimento, corredores lotados, UTIs 100% ocupadas, paciente intubado dentro de ambulância, gente dormindo na calçada porque não tem espaço para ficar acompanhando pacientes. Essa é a realidade dos dois principais hospitais de Petrolina, o Dom Malan (HDM) e o Universitário (HU), que estão superlotados e entrando em colapso. Tudo isso o blog flagrou na noite desta terça-feira (18), durante passagem por essas unidades de saúde.
A ineficiência da Rede Interestadual de Saúde do Vale do São Francisco (Rede PEBA) contribui para a atual superlotação dos hospitais de Petrolina e também de Juazeiro (BA), que vêm operando bem acima da capacidade há anos. Recebendo pacientes de mais de 50 municípios da região, a estrutura já não comporta a quantidade de pessoas doentes e a assistência vai piorando a cada dia.
Essa impossibilidade de encontrar outro destino para o atendimento faz com que muitos pacientes passem mais de 8 horas na emergência, como registramos em matéria no último final de semana, onde ouvimos o relato de uma mãe que procurou o Hospital Dom Malan com seu filho de 4 anos doente e ele só foi atendido quase 9 horas depois. O hospital não negou a situação e disse que está superlotado, inclusive as UTIs.
Caos
Com um sistema totalmente errado, fragilizado e carente de atenção, os hospitais não conseguem desafogar a demanda. Na noite de ontem, a reportagem do Blog viu de perto tudo que já foi citado acima e além disso, fomos informados que mais de 60 crianças estavam no hospital recebendo atendimento ou na triagem para aguardar atendimento.
A informação que apuramos é que, mesmo os hospitais comunicando que não têm mais vagas disponíveis, as prefeituras da região continuam enviando pacientes, o que acaba prejudicando, ainda mais, o sistema, que está colapsado e não consegue dar conta das demandas a que se propôs.
Já passou da hora do Poder Público e as instituições reguladoras se sensibilizarem para discutir e buscar soluções visando à garantia do atendimento público de qualidade para essa gente que tanto necessita. O debate precisa ser colocado em pauta com urgência, e é necessário tomar medidas enérgicas para criar outro modelo de pactuação de saúde ou reformular a Rede PEBA.
Foto: Blog do Carlos Britto
Foto: Blog do Carlos Britto
Foto: Blog do Carlos Britto
Nem tão cedo essa situação mudará,na eleição de 2014 o então candidato a governador do estado de PE prometeu construir um hospital em Petrolina, passados 9 anos, nem sinal e com a atual governadora não há nem promessa quem dirá realização, triste saber disso, mas é a realidade.
Seria interessante que antes de ser publicado essa matéria se veja números. Será que é a Rede PEBA que de fato super lota o Hdm? Mais de 60% das internações são de munícipes de Petrolina que não tem outra referência para a média e baixo risco. A casa de parto é restrita e não cumpre o seu papel. Lembrando que o Hdm é um Hospital Regional. Bom ser feito esse esclarecimento e solicitar da gestão do HDM os dados por municipio de residência dos pacientes.
Os pebas já estão quase em extinção imagina esse programa cansado,o que tem de melhor neste programa é os prefeitos comprarem comprarem uma ambulância e jogares seus pacientes para os outros municípios se virarem e eles colocarem o dinheiro no bolso.
O HDM poderia ser desafogado, mas o suprassumo da inteligência humana, Miguel Coelho, o galeguinho, construiu uma maternidade que passa mais tempo vazia do que com pacientes.
Acho um absurdo essa tal de rede PEBA, cada município tem que assumir seus doentes lhe fornecendo assistência médica decente. Prefeitos precisam assumir seus doentes, não ficar sobre carregando outros municípios, ai eles ficam empurrando com a “barriga” e não assumem nada, o imposto municipal e recolhido pra investir no município. Já ficou comprovado que rede PEBA não resolve nada, local ou fora do município. Fica é pior, mais sofrido para o paciente.
Bela reportagem, realmente é todo esse COLAPSO, e mais um pouco, a quase 2 meses perdi uma sobrinha e dias depois sua filhinha nesse hospital, na ocasião, conversei algumas vezes com as equipes médicas, que por sinal, são super atencioso, mais da pra ver no rosto de cada um deles, o quanto eles sofrem por não conseguirem cumprir com suas missões direito por causa da sobre carga! Esses hospitais, só conseguiria atender Petrolina, e mais umas 10 cidades ao entorno!