O deputado federal Lucas Ramos, no momento, vive uma situação confortável. Mas essa tranquilidade não tende a perdurar.
Lucas é filiado ao PSB e votou, no ano passado, em Danilo Cabral – do seu partido – para governador do Estado. O parlamentar tem se mostrado, até hoje, disciplinado partidariamente. Mas, no evento de ontem (26) em Petrolina com a governadora Raquel Lyra (PSDB), era todo elogios à gestora.
Todo mundo sabe que Raquel vai ser a maior opositora do prefeito do Recife, João Campos (PSB), em 2026, o qual deve disputar o Palácio do Campo das Princesas. Lucas aposta no cenário atual, em que a governadora faz oposição em Petrolina ao grupo político do ex-prefeito Miguel Coelho (UB), que apoiará o projeto de reeleição do prefeito Simão Durando em 2024.
Lucas está ciente de que não terá respaldo do seu partido para tentar disputar a Prefeitura de Petrolina, já que o apoio do grupo de Miguel a João Campos passa claramente pela reeleição de Simão, porque o PSB deixaria de apresentar candidato próprio para apoiar Simão. Mas como será o futuro de Lucas nesse processo, com João Campos adversário de Raquel na disputa pelo governo do Estado? Vai mostrar disciplina, mais uma vez, ou deixará o PSB?
Essa questão de disciplina partidária, é uma vergonha, pois dificilmente é praticada.
A julgar pelos elogios públicos feitos à Raquel parece que, no momento, o deputado Lucas Ramos não estaria muito satisfeito com o seu partido.
Se pretende ou não mudar de partido, somente o próprio deputado pode afirmar.
De qualquer forma, até o próximo pleito eleitoral, muita água ainda vai rolar.
Como dizia o saudoso Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.