Lúcia Giesta rebate críticas sobre falta de Dipirona nos postos de saúde em Petrolina e fala em regionalizar Samu

por Carlos Britto // 26 de junho de 2013 às 06:00

Lúcia Giesta_640x360A sessão ordinária desta terça-feira (25) na Casa Plínio Amorim não teve projetos. Ficou reservada para a secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, rebater as constantes críticas que vem sofrendo da população e dos vereadores. Mas ela não se intimidou. Em quase cinco horas de explanação, a secretária apresentou números e ações executadas no primeiro quadrimestre do ano e procurou não deixar sem resposta nenhum questionamento dos representantes do Legislativo.

Uma das indagações, levantadas em sessões anteriores pelos integrantes da bancada de oposição, referiu-se à falta de Dipirona – usado como analgésico – nos postos de saúde da cidade.

Segundo Lúcia, desde 2010 a secretaria deixou de enviar o estoque de Dipirona aos postos porque foi excluído da relação nacional de medicamentos, por uma decisão federal. “Portanto, não podemos descumprir essa medida. Mas há outros medicamentos que o substituem”, informou.

A secretária isentou ainda o município de qualquer responsabilidade sobre a demora para repor a insulina (destinada a diabéticos) nos postos. Segundo Lúcia, o problema ocorre entre o governo federal, que repassa o medicamento ao estado, que por sua vez o envia ao município “sempre com muito atraso”, ressaltou.

Samu

Lúcia aproveitou para justificar a denúncia do vereador Zé Batista da Gama (PDT), o qual afirmou, semana passada, que ambulâncias novas do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) encontravam-se paradas na Central de Transportes da prefeitura.

Ela explicou que questões burocráticas impediram que os veículos do Samu circulassem antes do previsto. Segundo a secretária, as ambulâncias – que vieram do município de Tatuí (SP) – precisavam ter o número do chassi e da série verificados, antes de serem emplacadas.

Além disso, a prefeitura também teve de abrir uma licitação para o seguro das ambulâncias, conforme determina o Ministério da Saúde. Sobre a ambulância que estava em manutenção em Feira de Santana (BA), a secretária justificou que não há oficina autorizada em Petrolina e os R$ 1,2 mil citados pelo vereador referia-se apenas a uma peça. Lúcia adiantou que o veículo já está em circulação.

Lúcia fez questão de dar um ‘tapa de luvas’ sutil na oposição ao afirmar que desde quando o Samu foi instituído na cidade, a frota – que deveria ser renovada a cada três anos, como manda o Ministério da Saúde – foi sucateada.

Ela informou que foi o prefeito Júlio Lóssio (PMDB), ao assumir o município em 2009, quem a autorizou a providenciar a renovação dos veículos.

Tínhamos três carros de USB (Unidade de Serviço Básico) e uma USA (Unidade de Serviço Avançado). Depois recebemos mais um carro USB, e mais nada. Em 2009 entramos em contato com o Ministério e em 2010 recebemos cinco carros novos e uma motolância”, disse a secretária, acrescentando que já solicitou a renovação da frota para o próximo ano. “Já rebemos as duas ambulâncias, com a possibilidade até o final do ano de receber mais uma, e no ano que vem outras duas. Se o município não pede, o Ministério não tem como adivinhar que está precisando”, completou.

Regionalização

Ao finalizar sobre o Samu, a secretária revelou que pretende regionalizar o serviço, transformando Petrolina na sede da macrorregional, beneficiando um universo de 900 mil pessoas. Para isso aguarda uma contrapartida dos governos federal e estadual.

Lúcia Giesta rebate críticas sobre falta de Dipirona nos postos de saúde em Petrolina e fala em regionalizar Samu

  1. maria josefa disse:

    Valeu secretária. Calou a boca destes vereadores incompetentes que só sabem criticar e falar o que não tem nem conhecimento. Ficaram sem respostas e explicações, incompetentes?

  2. Osvaldo disse:

    Interessante debate entre a Secretaria e os vereadores. Talvez assim eles entendam as dificuldades que ninguém gosta de ter. Acho muito bem que tanto quanto possivel os meios da saude sejam alargados à região, fica pouco eficaz um municipio poder se ocupar de assuntos que exigem meios imensos. Bom trabalho.

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