Nem só de cuidados à base de medicamentos vivem os pequenos pacientes assistidos pelo Hospital Dom Malan (HDM)/Imip. Brincar também pode ser um remédio eficiente. Entre os mais variados métodos coadjuvantes utilizados na unidade, dois se destacam: a Ludoterapia e o uso do brinquedo terapêutico.
A psicóloga do HDM, Grace Barros, dá detalhes sobre a característica da Ludoterapia. “Este é um método que requer uma sala, espaços, objetos, tempo e profissionais específicos. Não é qualquer pessoa que pode ministrá-lo. São profissionais especializados, como psicólogos, terapeutas, psiquiatras, terapeutas ocupacionais que tenham uma formação voltada para o tema”.
Ela informa ainda que o método não vem para substituir comportamentos não desejáveis, como por exemplo, uma criança que é agressiva e a Ludoterapia vai torná-la calma. “Ele (o método) não parte disso, age a partir do princípio que, a criança brincando, vai se expressar, tomar conhecimento dos seus sentimentos e conflitos, e assim poderá aprender a lidar com eles”, explica Grace.
Já sobre o uso do brinquedo terapêutico, a psicóloga afirma que a prática tem outra função e finalidade. No caso do hospital, o objeto oferece-se como um recurso do enfrentamento da situação da hospitalização. “Ele não requer uma sala, nem um brinquedo específico. Ele vem como o brinquedo em si, para ajudar a criança a expressar os sentimentos do tratamento”, comenta.
No HDM a Ludoterapia é aplicada no Ambulatório. Já o recurso do brinquedo terapêutico é realizado na Pediatria e Oncologia Pediátrica. “Enquanto o adulto busca outras formas para se expressar, a brincadeira é o recurso principal que a criança usa para tal. O brincar é a expressão natural da criança”, aponta a psicóloga. “É a partir de um brinquedo que ela entra num grupo, aprende, forma valores e começa a socializar”, complementa.
Brinquedoteca
A terapeuta ocupacional Priscila Simões explica como a brinquedoteca do HDM é utilizada como recurso terapêutico. “O ócio hospitalar interrompe o processo de hospitalização. As intervenções invasivas de furar e colocar soro geram medo na criança. Então a brinquedoteca do Dom Malan estimula esse enfrentamento, dando continuidade ao desenvolvimento da criança. Mesmo estando dentro de um hospital, a brinquedoteca é um diferencial neste ambiente”, aponta. (Fonte/foto: Ascom HDM/Imip)