O presidente Lula afirmou no último domingo (12) no Recife, após participar do velório do deputado Carlos Wilson (PT-PE), que as prefeituras não estavam preparadas quando o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado pelo governo federal. “Ou seja, todo mundo fazia campanha dizendo que ia acabar com as favelas, mas ninguém tinha projeto. Um bom projeto faz o dinheiro. Se tiver o dinheiro e não tiver o projeto, não acontece nada”, criticou. O líder nacional declarou ainda que a falta de investimento por décadas na infraestrutura do país acostumou os administradores a se preocuparem mais com a fiscalização do que com a execução. “Hoje temos grandes instrumentos de fiscalização e menos gestores para gerar obras públicas porque as pessoas desaprenderam. O Brasil era o seguinte: os bancos públicos tinham desaprendido a emprestar dinheiro; o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi durante dez anos preparado apenas para privatizar e não para emprestar”, avaliou.
De acordo com o presidente, apesar de toda a dificuldade relatada, atualmente as prefeituras e os governos estadual e federal estão mais preparados para apresentar “prateleiras de projetos”. “Quem vier depois de nós vai ter muito mais facilidade do que nós tivemos”, complementou, ao destacar a atuação das secretarias e ministérios ligados à infraestrutura. Sobre a morte do correligionário, Lula se emocionou e disse que o Brasil perdeu um companheiro “leal e solidário”.