Apesar de pagar para ser atendida através de um plano de saúde, uma mãe de Petrolina viveu momentos de angústia após ser obrigada a recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir atendimento a seu filho. O caso ocorreu no início de janeiro, mas só agora a comunitária, Valdeane Rodrigues, decidiu vir a público para denunciar o descaso que teria ocorrido no Hospital Neurocárdio de Petrolina.
Segundo a mãe, o drama começou no dia 2 de janeiro quando seu filho – recém-nascido com apenas quatro dias de vida – deu entrada no hospital “regurgitando” um líquido verde.
“Eu levei ele para o Neurocárdio porque tenho plano Bradesco Saúde então foi lá que eu fui. Chegando lá a médica examinou ele, e disse que poderia ser obstrução intestinal. O problema é que logo em seguida ela [médica] disse que era melhor agente levar ele para o Imip e nós ficamos sem entender já que pagamos plano de saúde”, disse.
Após o primeiro desentendimento, a criança chegou a ser atendida ainda no hospital particular, mas novamente os médicos teriam informado à família que a criança deveria ser levada ao Hospital Dom Malan/Imip.
“Meu filho piorou, começou a vomitar ai a médica passou uma sonda nele e disse, de novo, que era para eu levar meu filho sozinha para o Dom Malan. Jogaram meu filho no colo do meu marido com a sonda e tudo e nós tivemos que sair a pé com ele nos braços até o Dom Malan. Não deram apoio em nada. Só eu, minha filha de cinco anos e meu marido. Ninguém nos acompanhou. Nunca vou esquecer esta cena, minha família toda jogada ao relento”, desabafou a mãe.
Revoltados com a situação, os pais da criança até hoje questionam o porquê dos médicos terem encaminhado seu filho a outra unidade sem dar qualquer esclarecimento. “Nunca me disseram porque mandaram meu filho para outro hospital, só jogaram a gente mesmo e pronto. Eu também fiquei com trauma e não quero mais nem mesmo pisar naquele hospital“, disse o pai da criança Gabriel Araújo.
Elogios ao Sus:
Ainda de acordo com a mãe, ao chegar ao hospital Dom Malan/Imip seu filho finalmente recebeu o atendimento devido e passou por uma cirurgia. A mãe da criança tece elogios ao atendimento recebido no Hospital Dom Malan. Segundo ela, os médicos da unidade pública chegaram a encaminhá-la de volta ao hospital particular, mas ela pediu para permanecer naquela unidade pública.
“Eu nunca imaginei que eu pudesse preferir o Sus a um hospital particular, mas naquele dia eu preferi o Dom Malan onde fui muito bem atendida, só tenho a agradecer. O médico do Imip disse eu ia fazer a regulação para o Neurocárdio atender meu filho, mas eu disse a ele que preferiu ficar lá e foi lá que meu filho fez a cirurgia e está muito bem”, finalizou a mãe.
O Blog entrou em contato com o Hospital Neurocárdio na manhã desta terça-feira (15) quando a direção da unidade garantiu que irá averiguar a denúncia e esclarecer os fatos.
Sinceramente, duvido muito que não tenham dito a Sra pra ir ao Imip, sem uma explicação. Em Petrolina e região não existem cirurgiões pediátricos, os que vem de recife estão no Imip, ou a Sra levava seu filho ao Imip ou ele uma morrer. Quer uma explicação melhor que essa?
Tenho testemunhas lá que viram como samos de lá sozinhos com meu filho passando mal! Ninguem nos acompanhou e nem verificaram se o Imip tinha como nos receber. Não tenho porque mentir! É a vida do meu filho q tinha apenas 4 dias de nascido!!!
E vc está muito mal informado pois o mesmo médico que o operou no Imip opera no neurocardio pelo plano. E a medica ainda falou que lá tbm faziam esses tipo de cirurgia mas preferiu nos jogar pro imip
a médica só estava pensando no bem estar do seu filho, pois somente no IMIP tem uma UTI neo-natal adequada.
A quem possa interessar aqui vai os detalhes do ocorrido para pararem de defender uma droga de hospital que poderia ter matado meu filho:
“Gostaria de relatar aqui um fato ocorrido no dia 02 de fevereiro de 2016 no hospital Neurocárdio.
Neste dia no fim da tarde levei meu bebê de apenas 4 dias para a urgência do Neurocárdio utilizando-se do meu plano de saúde Bradesco saúde, porque meu filho estava regurgitando um líquido verde após as mamadas. Meu filho estava bem, só apresentava essas regurgitações mesmo “nada demais”.
Ao ser atendida a médica o examinou e já foi logo dizendo: “Melhor você ir pro Dom Malan. Pode ser que seja obstrução do intestino e é caso de cirurgia, lá fazem e lá tem UTI…mas vamos fazer os exames pra ver o que é e vemos o que vamos fazer”. Depois desconversou e disse: “Ah, acho que aqui também faz essa cirurgia!”
Na hora da coleta do sangue a enfermeira começou a furar meu filho em todas as partes possíveis, mãos e pés ficaram brancos igual folha de papel delas apertarem e não achavam a veia. Ele começou a chorar desesperadamente e a vomitar o líquido verde sem parar e em grande quantidade. E elas furando ele mesmo assim! Fiquei desesperada e chamei meu marido para ficar lá, pois era demais ver meu filho daquele jeito, e minha filha de apenas 5 anos vendo tudo também.
Passaram bem 1 hora dentro da sala, várias enfermeiras segurando e furando meu filho que passava mal. A médica veio até a sala de coleta olhava e nada fazia, ficava sem saber como agir, ia e vinha da sala. Foi um tumulto na urgência.
Chegou outro médico da troca de plantão e foi lá ver e mandou passar uma sonda na garganta e mandar ele pro Dom Malan. A médica que atendeu ele chegou pra mim e disse: “Olha, você vai levar ele pro HGU que lá aceita o seu plano.”
Questionei se a gente ia por conta própria ela afirmou que sim, pois se fosse transferir certinho ia demorar demais. Enquanto ela falava isso o outro médico disse que o HGU não aceitava meu plano que eu teria que ir pro Dom Malan mesmo. Então a médica disse pra gente levar ele pro Dom Malan que lá tinha UTI.
Novamente questionei se íamos por conta própria ou se o hospital acompanharia na transferência. A resposta foi a mesma anterior. Que íamos sozinhos que eles iam ligar avisando e ela mandaria por escrito o que aconteceu.
Jogaram então meu bebê com uma sonda da boca ao estômago nos braços do meu marido e mandou a gente ir. Saímos de lá apavorados, sozinhos, eu , minha filha de 5 anos e meu marido com o bebê nos braços ao relento! Nunca mais me esqueço dessa cena, a gente na rua com um recém nascido passando mal, sozinhos e desesperados!
Chegando ao Dom Malan eles ficaram revoltados com a atitude do Neurocardio de mandar a gente sem verificar se havia vaga na UTI, se tinham estrutura de receber. Disseram ainda que não era a primeira vez que o Neurocárdio “jogava” seus pacientes pra lá assim de forma errada.
Os médicos do Dom Malan afirmaram ainda que o Neurocárdio tem sim estrutura e UTI para atender meu filho. Que não fazia sentido a gente pagar plano de saúde e ir a um hospital publico. E mesmo se não houvesse estrutura para atender que era obrigação deles terem ligado para o plano de saúde para que fosse transferido a outro hospital com toda assistência a que ele tinha direito.
O Hospital Dom Malan foi claro com a gente: “Nós vamos atender, porém não temos vaga na UTI. Caso ele necessite não poderemos fazer nada infelizmente.”
Meu filho foi recebido pelo Dom Malan, foram feitos exames e raio-X que confirmaram a necessidade da cirurgia. Logo que ele chegou fizeram um raio-X e ficaram assustados com o tamanho da sonda que o Neurocárdio havia colocado no bebê. Uma sonda de adulto num recém nascido!!! O raio-X mostrou a sonda dando varias voltas no estômago dele. Retiraram a sonda e colocaram a adequada para a idade dele.
Bom, diante dos resultados dos exames a médica falou que ia entrar com pedido de transferência para o Neurocárdio novamente, pois eles tinham obrigação de prestar atendimento adequado e fazer a cirurgia. Praticamente implorei para que ela não fizesse isso que queria que fosse feita lá mesmo no Dom Malan a cirurgia.
Graças a Deus que botou anjos na minha vida, surgiu uma vaga na UTI e meu filho fez a cirurgia. Teve avanços e regressos, passamos mal bocados, uma dia tava tudo bem outro dia tava mal. Foram 14 dias de internação, 10 dias sem meu filho se alimentar, mas com a Graça do Senhor meu filho hoje está bem ao lado de todos que o amam.
Fui aconselhada pelos médicos do Dom Malan a denunciar o hospital Neurocárdio no Ministério público. Porém é tanta burocracia pra se fazer justiça que prefiro alertar somente as pessoas sobre o descaso desse hospital com seus pacientes. Graças a Deus meu filho está bem e vivo, e isso é o que importa.
Gostaria de comentar outro fato anterior a esse, ocorrido no dia 19 de janeiro de 2016 também no Neurocárdio. Não é a primeira vez que eles mostram pra mim seu despreparo. No finalzinho da minha gravidez fiquei sem médico para me acompanhar e fui à urgência do Neurocárdio, pois estava com umas dores e queria saber se tava tudo bem.
Fizeram toque em mim e disseram que eu estava com quase 4cm de dilatação e iriam me internar para evolução pois iria evoluir rápido.
Pois bem, me internaram, fizeram exames, ultrassom e me colocaram no soro. Não deixaram eu me alimentar. Fiquei lá o dia inteiro no soro e sem nenhum médico me visitar pra dizer nada, sem sentir dor de parto nem nada. Só vinha enfermeira me enfiar medicação na veia.
A noite veio um médico por sinal muito grosso, fez um toque todo grosseiro e questionando com as enfermeiras porque não chamou ele logo já que eu estava lá desde manhã.
Fez o toque e disse com ar de grosseria: “Você não está em trabalho de parto! Poderia estar em casa!”
Questionei então quantos cm estava de dilatação ele disse que dilatação não significava nada! Que não me daria alta naquele momento porque estava de noite pra gente ir embora. Minha mãe que estava comigo disse que tínhamos carro que ele poderia dar alta se quisesse. Diante disso ele mudou completamente a conversa: “Não! Ela pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento!”. Mandou me darem comida e foi embora.
Passei a noite no soro ainda e nem sinal do parto! Quando amanheceu o dia meu marido foi questionar com a enfermeira o que seria feito comigo já que não estava em trabalho de parto nem deram alta. A enfermeira simplesmente disse: “Ela pode ir embora se quiser, a qualquer momento. Nós não sabemos quem é ela! Não tem médico a acompanhando então não precisa de alta. Não podemos atender sem saber quem ela é, sem ter feito acompanhamento com nossos médicos!”
Fiquei revoltada com tamanha situação, peguei minhas coisas e fui embora sem dar satisfação a ninguém, afinal: Ninguém sabia quem eu era!
No fim de tudo só vim ter meu bebê 10 dias depois, em outro hospital, de parto cesariana, pois o bebê estava alto e não houve dilatação nenhuma! Ou seja: cadê aqueles 4cm de dilatação?!
Tenho testemunhas e fotos para comprovar como saimos de la com meu filho e o tamanho da sonda que enfiaram nele podendo ter perfurado o estômago ou pior!
o neurocardio todo mundo sabe q so tem uma fachada bonita,atendimento pessimo e medicos inesperientes q atendem no plantao!!internamente pessima estrutura!!
lá no neurocardio o atendimento n é lá essas coisas, quando ia com minha filha só passavam dipirona.
Seu filho foi mandado ao IMIP pq a UTI pediátrica de lá é a melhor, nenhum hospital na região tem equipe tão preparada e equipamento necessário quanto a de lá, agradeça a Deus que quem te atendeu teve essa iniciativa e ajudou a salvar a vida de seu bebê.
Agora fiquei assustado, preciso realizar uma cirurgia de um familiar. Neurocirurgia