Mãe reclama de atendimento no Hospital Universitário e denuncia que filha sofreu assédio na unidade

por Carlos Britto // 09 de março de 2015 às 19:03

TraumasMais uma denúncia contra o Hospital Universitário (HU) de Petrolina choca a população. Desta vez, a reclamação é da radialista e secretária da OAB em Juazeiro, Nilda Rodrigues. Ela precisou ir à unidade de saúde depois de um acidente com sua filha, que machucou a cabeça e chegou a ficar inconsciente. Nilda está revoltada com o atendimento no HU e clama por providências.

A radialista enviou uma carta ao Blog denunciando que além do tratamento desumano dos profissionais da unidade, sua filha teria sido vítima de assédio moral possivelmente por parte de um maqueiro. Confiram o relato.

Caro Carlos Brito,

Está virando clichê falar da saúde pública em nosso país.

Este relato é um misto de agradecimento a Deus pelo livramento de ontem, e de revolta pelo que aconteceu no Dia Internacional da Mulher, onde minha filha e o namorado estavam, costumeiramente, tirando coco no coqueiro daqui de casa; ela, segurando a escada, ele lá em cima. Um coco maduríssimo, grande, mal foi tocado por Leonardo, e despencou lá de cima, quicou na cabeça dele e veio em direção da cabeça da minha filha que teve um desmaio instantâneo. Tentamos reanimá-la com bastante gelo, água gelada na cabeça, mas levamos logo para a UPA, onde o médico que nos recebeu dignamente pediu que a levássemos para o Hospital de Traumas.

Não precisamos descrever que as dores eram intensas. Dá para qualquer ser humano imaginar o que a Física muito bem explica. Mas, os profissionais de saúde de ontem parece ter faltado a essas aulas, pois, ao chegar lá no Traumas, fizeram chacotas do ocorrido. Primeiro, minha filha mal podia falar. Não pude entrar – já começa daí a desumanização. As palavras mal balbuciadas por minha filha eram interpeladas por uma enfermeira grosseira que dizia: – FALE ALTO!

Minha filha se esforçava para dizer que não podia, e essa ‘profissional’ dizia: – COMO??? Como é o seu nome??? (Isso bem alto mesmo – e ela e mais uma meia-dúzia pelo menos se contorcendo de dor ali). Um grupinho delas ficaram ao redor da maca, só observando para depois tecer comentários, piadas do tipo: devia ter aproveitado e bebia a água do coco. Um ‘profissional’ com uma delicadeza de um rinoceronte veio colocar o colete cervical – ela com ânsia de vômito, gemia, chorava de dor e pedia para ele ter cuidado. Levantou a cabeça dela, a inclinou até colocar o queixo no peito.

Outra enfermeira grosseira fez pouco caso diversas vezes da minha filha, espalhando para os colegas em alto som que ‘nunca ouviu dizer que o coco na cabeça fazia a pessoa desmaiar’ ou, ‘que menina mole, isso é frescura’, ‘cabeça-dura’. Apenas UMA voz de homem, e sensata, ela pode ouvir dizer: ‘Gente, um coqueiro é alto, a pancada é grande’. Apenas esta criatura, que não sabemos dar nomes, afinal, era minha filha naquela sala, sendo mal atendida, e eu, do lado de fora, à espera de notícias. Vez ou outra batia na porta e era mal atendida também, com aquele olhar de desprezo, desdém, com aquela ‘falsa formalidade’ decorada que me dizia: – Senhora, Glenda ESTÁ fazendo tomografia. De outra vez que bati, já disseram, que ‘Glenda IA fazer a tomografia’. Ou seja, brincam com os sentimentos das pessoas, na cara dura, uns desumanos, covardes, maus profissionais. A todo instante chegavam ambulâncias, carro da polícia, bombeiros e batiam na porta da emergência. Era quando os parentes davam uma espiadinha rápida. Do lado de dentro uma voz feminina falava: Toda hora batem no car**** dessa porta! Abra ali!

Outro fato triste, é que, enquanto ‘curtia’ sua dor, minha filha sentiu alguém alisar sua perna. (Do jeito que ela estava, de short a levamos, mesmo assim, ainda que estivesse de BURCA ninguém tem o direito de alisar a perna de paciente) E, durante o trajeto e na sala da tomografia o MAQUEIRO a chamava sempre de GATINHA. Minha filha sentiu medo em ficar na sala com aquele homem que a tratava por GATINHA a todo instante.

Tamanho descaso. Gritante o desrespeito em pleno Dia Internacional da Mulher!

Enquanto minha filha via, percebia, e sofria esse assédio moral, tentava pedir a alguém para me chamar do lado de fora. Ela queria sair dali. Mas, a barulheira infernal, entre eles, num desrespeito a todos os doentes, enfermos que estavam e continuavam chegando, os ‘profissionais de saúde’ relatavam a festa do dia anterior, a tal que o Luan Santana esteve. Muitas risadas, muitas chacotas, não somente com minha filha, mas, com os demais também, até que alguém me chamou lá fora e disse-me: A tomografia saiu, não deu nada, e ela precisa ficar em observação. A senhora entre porque ela quer ir embora e não pode!”.

Eu, sem saber de nada, fui ao encontro de minha filha que estava descontrolada. Tentei fazê-la me contar o que tinha ocorrido, mas, foi inútil. Ela, do alto dos seus 21 anos, pediu para tirarem aquele colete cervical, e o soro, só repetiu olhando na tal enfermeira grosseira: vocês não tem ética profissional!

A enfermeira grosseira (que me foi contado somente depois) estava numa falsa gentileza comigo. Eu, inocente, apenas pedia pra minha filha esperar – o que foi em vão. Somente lá fora ela começava a me relatar, e dizia que, sabendo ‘como eu era’, tinha medo de eu fazer alguma besteira e ser presa. Apenas uma filha poupando uma mãe. Uma mãe leoa como muitas.

Assim que saiu o resultado da tomografia, uma dizia lá dentro: “o resultado da tomografia da menina do coco. Tá vendo que era frescura. Não deu nada”. A minha filha não tinha nome: era a menina do coco. Se a veia era fininha, duas delas furando ‘delicadamente’ seu braço,  zombavam: ‘é de tomar tanto água de coco!’

Diante de um caso onde Deus a livrou de um coma, ou algo pior, aqueles que pretendem seguir carreira cuidando de pessoas, estão ali por mero status, por causa de um título. São estudantes, profissionais que estavam ali, no mínimo vivenciando uma ressaca do show de Luan Santana, ou seja lá de quem for, para desdenhar da dor dos outros.

Eram mais ou menos 16h. Cenas como essas despertam um pavor, descrédito e desamor pela sua Pátria.

Assim está por aí afora. Mas, em se tratando do Traumas, dos profissionais da renomada UNIVASF, peço providências e resposta para esta falta de respeito, descaso, desatenção para com minha filha e todos que precisam ser atendidos naquele hospital.

(Minha filha quis e veio para casa, onde ainda sente dores pela cabeça e pescoço, e na alma. Eu faltei ao trabalho para ficar ao seu lado. Pergunto: e esses prejuízos, quem arcará?)

Nilda Rodrigues – radialista e secretária da OAB Juazeiro e mãe de Glenda Rodrigues

Mãe reclama de atendimento no Hospital Universitário e denuncia que filha sofreu assédio na unidade

  1. cidadã disse:

    Deus me livre. Saúde para sua filha.

    1. Nilda Rodrigues disse:

      Obrigada e amém! Deus te livre mesmo, cidadã!

  2. Mara disse:

    Passei por algo tão constrangedor quanto, no ano de 2006 quando estava gestante da minha primeira filha e sentindo cólicas procurei o Dom Malan, fui recebida por uma médica de cara feia que veio me perguntando se eu havia tomado algo, respondi que não, ela insistiu pra eu dizer logo pois seria melhor pra mim, fez um teste de toque e jogou a luva pra cima e me perguntou se eu teria dinheiro pra fazer uma ultrassonografia de emergência, me senti humilhada, sai dali certa que jamais voltaria ao serviço público pra ser tratada daquela forma.
    Fiz um plano de saúde que obviamente não cobriria meu parto, foi quando aos 8 meses tive pressão alta, levada ao Dom Malan novamente, me lembrei daquela dia que fui humilhada e voltei pra casa, no dia seguinte fui casa de meus pais em uma cidade vizinha, sem aparato médico adequado pra situação, minha filha nasceu, como não tinha UTI neo, voltamos com ela para Petrolina onde novamente fui humilhada, desta vez pelo HGU, que se recusou atendê-la, mesmo eu e ela tendo o plano depois por uma pediatra no Dom Malan, ela gritou comigo na UTI, disse que avisou que não tinham vaga, que esse “povo de Remanso” veio fazer o que aqui? Sendo que eu morava em Petrolina e só fui pra Remanso por um ato impensado e desesperador. Pra resumir, foi preciso acionar a justiça por meio de uma cunhada funcionária do TJ Ba pra ver a minha filha ter atendimento, depois de 15 dias ela veio a falecer, fiquei com marcas profundas e uma certeza, eu jamais quero depender do SUS pra viver o que vivi naquele ano de 2006 e 2007, hoje tenho um filho de 4 anos, aqui em casa somos em 3 e nosso convênio médico é prioridade.
    Sei que muitas pessoas não podem pagar um plano de saúde e devem ficar a mercê desse descaso, fazer o que? Denunciar? Sim, a senhora está certa, mas muito pouco será feito, certamente negarão os fatos e outras vítimas como “o povo de Remanso” e “a menina do coco” serão feitas por ai.

    1. Nilda Rodrigues disse:

      Lamentável, Mara…Triste realidade a nossa.
      Sei que vai aparecer logo, logo uma assessora de comunicação para dizer que ‘isso não aconteceu’. Irei até os confins. Pode não dar em nada, sei disso, mas, se nos calarmos é muito pior! As marcas são profundas. Senti sua dor também. Recentemente uma amiga da minha filha perdeu o bebê num hospital de Petrolina, de forma negligente, e não sabemos até onde vai parar tanta inconsequência. Muitos cidadãos de bem poderão se presos, injustiçados por um descontrole numa hora dessas. E as autoridades ficam só observando, é o que parece…

    2. Maria disse:

      Não acredito que a culpa de tanta grosseria e descaso seja do SUS, isso também acontece em hospitais particulares daqui da região. Eu vi uma pediatra chamar uma enfermeira e dizer que não tratar com os “loucos” dos pais da criança, como assim “loucos”? Infelizmente, uma grande quantidade de médicos e enfermeiras não estão preparados para lidar com pessoas, com vidas. Estava um dia destes conversando sobre isso, as faculdades de Medicinas deviam implantar um número maior de disciplinas tipo: ética, cidadania, psicologia, e tantas outras. O capitalismo é um câncer no mundo, vidas tornam-se importantes pelo valor monetário que possuem. Triste isso!

  3. GUILHERME VIO disse:

    E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE!!!
    QUE SE PODE DIZER MAIS DIANTE DOS FATOS RELATADOS?
    APENAS UMA PALAVRA: DESUMANIDADE E FALTA DE RESPEITO E AMOR PELO PROXIMO.
    GUILHERME

    1. GUILHERME VITOR disse:

      E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE!!!
      QUE SE PODE DIZER MAIS DIANTE DOS FATOS RELATADOS?
      APENAS UMA PALAVRA: DESUMANIDADE E FALTA DE RESPEITO E AMOR PELO PROXIMO.
      GUILHERME

  4. D. A disse:

    Infelizmente são este tipos debochados de pseudo profissionais que estão fingindo tratar da nossa saúde. Independente da causa ou circunstância de como ocorreu o acidente, a única coisa que deveria ser levada em consideração, seria os vários juramentos e disciplinas de ética e respeito ao paciência, que se dúvida perderam as aulas. Falta capacidade, bom senso, respeito, amor ao próximo e a profissão.

    Como fala na música de Renato Russo:

    Vamos celebrar
    A estupidez do povo…
    Vamos celebrar a aberração
    De toda a nossa falta de bom senso

    Vamos celebrar o horror
    De tudo isto
    Com festa, velório e caixão

  5. Yasmim Mirelle disse:

    Absurdo.. Um pessoal que passa anos na faculdade estudando pra cuidar dos outros,servir ao proximo trata as pessoas que depende do SUS como lixo,porque eles se acham no direito de falar alto,gritar ou ate tirar sarro com a dor dos outros,o trabalho deles é servi seja rico,pobre não importa quem depende do SUS não é obrigado a passar por tal situação pois não somos atendidos de graça nós pagamos pra ser atendidos ou eles acham que os impostos altíssimos que sai do nosso bolso todo mês volta pra nossa conta bancária de novo? E se brincar pagamos bem mais caro do que uma pessoa que paga particular,a saude sempre foi motivo de vergonha alheia e a cada dia só piora e essas medicos e enfermeiros acham que pode gritar ou até falar ignorante com os outros afinal que direitos eles tem? NENHUM é gente como a gente pessoa assim nem deveria esta trabalhando no ramo da medicina,pois medicina é amor ao proximo coisa que eles não tem nem com eles mesmo!!

  6. bairton teixeira disse:

    Nao é a primeira denuncia dos péssimos serviços e atendimento verificado no Hospital Universitário (HU) de Petrolina -PE-. Não existem autoridades que possam apurar as irregularidades e aplicações de punições aos profissionais praticantes dos atos???? E os diretores do HU não tem conhecimentos das irregularidades????

  7. LU disse:

    Terminei de ler seu relado emocionadíssima Nildinha….mesmo sabendo de toda a história contada pessoalmente por vc!Lute amiga…lute mãe leoa!Glenda…saúde e que Deus lhe abençoe!

    1. Nilda Rodrigues disse:

      Oh, Lu, obrigada, minha linda! Estou buscando respostas por parte dos órgãos responsáveis. Até agora nada, mas, não sossegarei! Bjs e valeu o carinho tbm por aqui!

  8. QUE QUE ISSO !!!!! disse:

    ERA SO O QUE FALTAVA…AFFFFFFF JA NAO BASTA NAO TER MEDICO AGORA LA TEM E TARADO OXIIII DAI-ME PACIENCIA

  9. Marta Valeria disse:

    Em menos de 1 anos tantas vidas sendo negligenciadas em Petrolina! E nesse HU! Gente, ainda não vi o CREMEPE fazer nada!!!!!! Tem CREMEPE em Petrolina? Eles trabalham a portas fechadas é?
    E a câmara de Vereadores de Petrolina? Gente a hora da doença é a hora que o ser humano mais precisa!!! Acorda Petrolina.

    1. Nilda Rodrigues disse:

      Isso aí, Marta! A pessoa doente já fica fragilizada e diante desses absurdos…o quê dizer? Acordem, autoridades!!!

  10. Marcelo disse:

    Sinceramente, concordo que tem muita coisa a ser melhorada na saúde brasileira, inclusive em relação às atitudes profissionais, mas achei muito apelativo isso tudo que eu li. Creio eu que metade disso seja verdade e o resto “vitimização”.

    1. Nilda Rodrigues disse:

      Não fale o que vc não sabe e não viu, senhor Marcelo. No mínimo vc é parente ou faz parte daquela equipe. Só pode! Tudo que está saindo na mídia sobre a precariedade da saúde pública é ‘vitimização’. Me poupe!!!

  11. SAMUEL disse:

    Concordo com o Marcelo, infelizmente sabemos que tem muita coisa pra mudar, e que tem vários profissionais sérios nesta instituição, pessoas comprometidas a trabalhar com afinco onde muitas vezes não recebem salários altos mas ficam satisfeitos em atender a solicitação de um paciente, quantas vezes vi pessoas chegarem com dor e serem mal educadas com estes profissionais, ja vi pessoas chegarem com o rei na barriga, e muitos que chegam com humildade, porem ambos são atendidos da melhor forma possível, não digo que seja DESLUMBRAÇÕES de uma adolescente, mais como é possível uma pessoa que disse que não entrou na sala de emergência do Hospital e a outra que estava desmaiada/desorientada pelo acorrido, dar com tantos detalhes de situações que acontecera ali? Será que não foi alguma confusão feita pelo descontrole emocional da adolescente?
    Deixo aqui minhas interrogações.

    1. Nilda Rodrigues disse:

      Ô, ‘intelIgência’, vc não deve ter lido direito, ou não sabe interpretar textos…o desmaio foi instantâneo, em casa…minha filha esteve lúcida, consciente o tempo todo. Quando vc passar por isso, espero que não demore, vc relatará melhor os fatos.

    2. Glenda disse:

      Bom, “Samuel”, venho aqui responder-te usando referências do próprio texto tá legal?

      ”Primeiro, minha filha mal podia falar. Não pude entrar – já começa daí a desumanização. As palavras mal balbuciadas por minha filha eram interpeladas por uma enfermeira grosseira que dizia: – FALE ALTO!
      Minha filha se esforçava para dizer que não podia, e essa ‘profissional’ dizia: – COMO??? Como é o seu nome??? (Isso bem alto mesmo – e ela e mais uma meia-dúzia pelo menos se contorcendo de dor ali). Um grupinho delas ficaram ao redor da maca, só observando para depois tecer comentários, piadas do tipo: devia ter aproveitado e bebia a água do coco. Um ‘profissional’ com uma delicadeza de um rinoceronte veio colocar o colete cervical – ela com ânsia de vômito, gemia, chorava de dor e pedia para ele ter cuidado. Levantou a cabeça dela, a inclinou até colocar o queixo no peito.”

      ”Enquanto minha filha via, percebia, e sofria esse assédio moral, tentava pedir a alguém para me chamar do lado de fora. Ela queria sair dali. Mas, a barulheira infernal, entre eles, num desrespeito a todos os doentes, enfermos que estavam e continuavam chegando, os ‘profissionais de saúde’ relatavam a festa do dia anterior, a tal que o Luan Santana esteve. Muitas risadas, muitas chacotas, não somente com minha filha, mas, com os demais também, até que alguém me chamou lá fora e disse-me: A tomografia saiu, não deu nada, e ela precisa ficar em observação. A senhora entre porque ela quer ir embora e não pode!”.”

      OU SEJA: eu estava acordada, em nenhum momento estive surda desde que fui reanimada pelos meus familiares. As dores me impediam de falar perfeitamente, pois as dores estendiam-se até o pescoço (se vc não sabe, existem músculos que movimentam a mandíbula ligados ao pescoço, portanto, se esses doem, a abertura da boca é reduzida!)
      OUTRA COISA, já não sou adolescente há algum tempo e sei diferenciar perfeitamente o que é uma situação de abuso e anti ética profissional (inclusive já estudei isso, tá?).

      repito: ESTIVE LÚCIDA E OUVINDO PERFEITAMENTE AS VOZES ALTÍSSIMAS DAQUELES PROFISSIONAIS DESQUALIFICADOS, que naquele horário, TRABALHAVAM. As dores não me impediam de ouvir. E a vontade de querer sair daquele local só me deu mais força…

      Que Deus tenha misericórdia da sua vida. As dores ainda sinto pelo corpo, pela coluna e cabeça, mas principalmente na alma.

      Mais uma coisa: pense bem antes de julgar algo que você não passou…

  12. Paula.silva@gmail.com disse:

    VENHO POR MEIO DESSE COMUNICADO AGRADECER A TODOS OS PROFISSIONAIS DESSA INSTITUIÇÃO ( HU ) QUE ME RECEBERÃO DE BRAÇOS ABERTOS . MÉDICOS E TÉCNICOS COMPETENTES, O PESSOAL DA RECEPÇÃO E OS MAQUEIROS EXCELENTES . PASSEI 12 DIAS INTERNADA E GRAÇAS A DEUS NÃO TENHO O QUE RECLAMAR . E HOJE ESTOU BOA GRAÇAS A ESSA EQUIPE NOTA 1.000 !

  13. RODRIGO ALMEIDA disse:

    Lendo o relato de Dona Nilda paro e penso e me pergunto o que aconteceu com os profissionais … Porque por varias vezes eu e minha Familia precisou do Hu , e todos foram bem Recebidos e atendidos DIVINAMENTE. Meu filho semana passada caiu de cima do cavalo e chegando no HU , Foi atendido de imediato. por isso concordo com As PALAVRAS de Marcelo e Samuel , Pois temos que apurar realmente os fatos e dá a Voz também aos profissionais para se explicarem, pois nunca vi alguém desorientada passar tantas informações concretas sobre esse fato . Somente existe DÚVIDAS e varias Interrogações no AR !

  14. Lidiany disse:

    Indignação é a palavra. As pessoas falam muito que médicos se sentem deuses, eu, particularmente, acho que médicos e enfermeiros. Fiquei dias no hospital acompanhando a minha mãe, num hospital particular, mesmo assim vi muito descaso. Lamento pelo que aconteceu com vocês. Saúde para sua filha.

  15. Glenda disse:

    Vendo alguns comentários (infelizes ) aqui, acabo rindo. Só peço que o que eu passei, ninguém mais passe. Quando cheguei ao hospital estava mole de dores, tonta ainda pelo desmaio sofrido anteriormente, mas felizmente não estava surda. Não pude ver muito pois as dores não deixavam eu virar o meu pescoço, e o colar cervical só aumentava a limitação dos movimentos. Cada coisa que eu ouvia alí dentro, despertou em mim uma vontade de sair daquele lugar o quanto antes! Tive que ficar ouvindo aquilo tudo, assim como outras pessoas presentes também incomodavam-se com o descaso lá dentro! Mães pedindo silêncio, pois os seus filhos (menores) precisavam descansar e sentir um alívio nas dores.
    Ahh, sim…contei com uma riqueza de detalhes, pois apesar de sentir dores imensas, estive lúcida e a minha memória continua funcionando. E se eu não estivesse acordada, sabe lá o que eu teria sofrido lá dentro daquele ambiente.

    É uma pena ter tanta gente sem noção ainda, querendo apontar um dedo imundo para algo que não passou, e ao menos se fez presente.

    A péssima fama do Traumas não é de hoje e o meu caso não foi o primeiro. A diferença é que viemos à mídia, tornar esse relato público, pra que outras vítimas desses descasos absurdos não apareçam!

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