Caberá à maioria dos 42 integrantes do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), numa plenária a ser realizada na próxima semana, no Recife, decidir por uma interdição ética ou não no Hospital Universitário (HU) em Petrolina. A notícia foi dada pelo presidente da entidade, Silvio Rodrigues, na manhã desta sexta-feira (14), numa entrevista coletiva na sede local do Cremepe, na Vila Mocó, Centro da cidade.
Juntamente com demais diretores da entidade, Silvio Rodrigues conversou ontem (13) com médicos que atuam na unidade e realizou uma fiscalização no HU. O quadro que encontrou não poderia ser pior, e será apresentado aos conselheiros.
Segundo ele, na última vinda do Cremepe à cidade os problemas tinham relação sobretudo com os salários dos profissionais. Mas agora, é a logística do hospital que está abaixo da crítica. “Hoje faltam até materiais básicos, como soro fisiológico e gaze”.
O presidente do Cremepe apontou a insuficiência de profissionais como um dos fatores que culminam no péssimo atendimento aos pacientes da região. “Existe, por exemplo, um único anestesista no plantão, que pega aos sábados e só sai às segundas-feiras. E quando o atendimento não é satisfatório, passa a ser um malefício ao paciente”, lamentou.
Ele chamou atenção também para serviços feitos de forma precária, como o sistema de oxigenação no ambiente dos pacientes e a ultrassonografia, que só é realizada às quintas e sextas-feiras. Tal quadro, assegurou, pode resultar inclusive na demissão do diretor técnico do HU.
MPF
Silvio ressaltou que o valor R$ de 1,5 milhão para o HU não foi um extra, mas fruto de um adiantamento. E destacou que a principal cobrança junto à Univasf, a qual terceirizou provisoriamente a gestão da unidade ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), de Salvador (BA), é de buscar recursos suficientes para cobrir os insumos e a folha de pagamento dos funcionários. Ele também não vê com bons olhos a possibilidade de a prefeitura reassumir a gestão do HU, como sugeriu à imprensa o vereador Ronaldo Cancão. “O hospital estava praticamente fechando as portas, quando era de responsabilidade do município”, pontuou.
O presidente do Cremepe adiantou que na próxima quinta (20) estará de volta à cidade para uma audiência no Ministério Público Federal (MPF), às 10h. Um relatório do Cremepe sobre a situação encontrada no hospital já foi enviado ao MPF. Silvio informou ainda que o reitor Julianeli Tolentino também será convidado para a audiência, por meio de um ofício.
Sem falar que as vezes servem comida estragada(carne velha) que fica dentro da câmera frigorifica, pois não há fiscalização nenhuma. tem até funcionário da Comida Pronta que está de férias mas continua trabalhando. Se fiscalizar bem fiscalizado as dependências da cozinha, câmara frigorifica todos ficarão boquiabertos com tamanha sujeira e podridão. Fiscalizem EBERSH fiscaliza ISGH fiscaliza CREMEPE fiscaliza DRT. A palavra chave é FISCALIZAR
Boa tarde a todos e todas!
Pessoal, nas últimas semanas o tema que se destaca na impressa é o HU, alguns falam que a culpa é do gestor municipal que doou o HU para a UNIVASF, outros colocam a culpa na empresa terceirizada que assumiu o hospital até a EBSERH assumir. Na realidade estar claro que um dos problemas é a gestão, pois faltar insumos, como por exemplo: medicamentos (dopamina, anestésicos, gases e etc. podemos ver que houve falta de gestão logística. Mas o problema vai além do que imaginamos, atualmente o HU atende mais de 50 municípios, desta forma a demanda é muito grande para um único hospital.
Surge uma indagação!? o quê os gestores desses municípios que regulam seus usuários (pacientes) para o HU estão fazendo para mudar esta situação?
É preciso DESCENTRALIZAR A ALTA COMPLEXIDADE NA REGIÃO, O HU NÃO SUPORTA E NEM VAI SUPORTAR A DEMANDA QUE VEM RECEBENDO ATUALMENTE.
SERIA BEM INTERESSANTE A CONSTRUÇÃO DE UM OUTRO HOSPITAL E DE PREFERENCIA EM UM OUTRO MUNICÍPIO, POIS SE FOSSE PARA ATENDER APENAS OS USUÁRIOS DE PETROLINA O HU ERA SUFICIENTE.
E PARA QUE ISSO ACONTEÇA É NECESSÁRIO REVER A ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA REGIÃO DE SAÚDE EM QUE ESTAMOS INSERIDOS, É PRECISO REVER A DENSIDADE DEMOGRÁFICA.
O Ministério da Saúde (MS) por meio de portarias e decretos tem se empenhado para resolver o problema da saúde, só que não dá condições nem tempo suficiente para o cumprimento de tais normas. Existe atualmente as Comissões Intergestoras, a Regional, a Bipartite e a Tripartite, para debaterem os problemas de saúde e pactuarem entre os entes federados as ações de saúde.
Em 2011, com a publicação do Decreto 7.508, que regulamentou a Lei 8.080, foi proposto o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAPS) onde é definido a responsabilidade de cada ente federado e em especial o município já que um dos princípios do SUS é a descentralização com enfase aos municípios. Só que atualmente poucos municípios aderiram ao COAPS, acham mais comodo ficar apenas com a atenção básica. Gente é muita coisa para comentar, mais o momento não é oportuno.
Com tanto problema nesse hospital, será que os aprovados no último concurso, serão contratados ou vão ficar a ver navios