A polêmica questão do “assistencialismo” de vereadores na saúde pública de Petrolina não só rendeu panos para mangas. Pode estar trazendo também o primeiro desgaste para a Casa Plínio Amorim na atual legislatura.
Pelo menos sob o ponto de vista da população petrolinense, essa história de haver vereador agilizando o atendimento de pacientes ao tirá-los das filas de espera, não foi bem assimilada. E diante da repercussão que o assunto ganhou na Câmara Municipal, é possível que as denúncias em relação a essa prática ganhem mais força.
Embora não exista essa figura tipificada no Código Eleitoral, estamos, em termos reais, diante de uma compra antecipada de votos. De se perguntar: o que, na prática, esses vereadores têm para oferecer ao povo e ao município, sem falar que se tem notícia de vereador que a casa dele vira restaurante na parte da manhã, servindo cafezinho para o povo (povo barato e sem vergonha). Assistimos em Petrolina o mesmo filme de tempos passados, o loteamento de secretarias e demais órgãos municipais, entregue aos vereadores em troca de apoio e submissão. Uma coisa que ultimamente não se verifica em Petrolina é um Prefeito devidamente fiscalizado, haja vista que os vereadores trocam apoio e abrem mão do seu munus em troca do loteamento da coisa pública.