Mais uma: Professor de Medicina estaria sendo impedido de tomar posse por não ter documentação do Colegiado reconhecida pela Univasf

por Carlos Britto // 17 de junho de 2013 às 08:00

Univasf maiorDepois da denúncia de que uma professora teria sido privilegiada em sua nomeação para o curso de Ciências Sociais por ser esposa de um docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), o Blog recebeu mais uma informação de supostas irregularidades em processos para a nomeação de professores da instituição, desta vez no curso de Medicina.

A polêmica é de que o profissional foi aprovado em concurso público – inclusive em primeiro lugar –, mas estaria sendo impedido de tomar posse por atos administrativos da Univasf. A instituição não teria aceitado os certificados que comprovam sua atuação como preceptor e professor voluntário do próprio curso de Medicina.

A justificativa da própria universidade, que consta nos documentos aos quais o Blog teve acesso, é de que os certificados foram emitidos pelo Colegiado de Medicina, e não pelo setores responsáveis da instituição. Além disso, não consta nos assentos funcionais do professor documentação que comprove sua atividade como professor associado voluntário da Univasf.

A preocupação dos estudantes e dos próprios professores da instituição é de que o não-reconhecimento desses profissionais como preceptores e voluntários pode levar ao desinteresse em colaborar e um possível colapso do curso de Medicina. Por isso, a pauta teria entrado nas discussões dos estudantes do Diretório Acadêmico (DA). Na última semana, eles fizeram um protesto pelo qual uma das reivindicações era justamente que esses profissionais tivessem as atividades de docência e um certificado reconhecidos pela reitoria.

O caso do professor já está na Justiça. Sua defesa argumenta que não é usual a universidade se posicionar administrativamente contrária aos resultados de concurso regularmente conduzido, ainda mais contrariando documentos emitidos por setores da própria instituição. Ainda haveria suspeitas de perseguição pessoal contra o candidato, já que ele teria se posicionado contrariamente à eleição da atual gestão à reitoria.

O Blog já entrou em contato com a universidade e aguarda um posicionamento da instituição sobre o caso.

Mais uma: Professor de Medicina estaria sendo impedido de tomar posse por não ter documentação do Colegiado reconhecida pela Univasf

  1. Amanda disse:

    Um forrozinho pra Medicina da Univasf (NÃO) dançar nessa época JUJUnina:

    Oh! Chá lá lá lá lá lá lá
    Oh! Chá lá lá lá lá lá lá
    Oh! Coisa feia é enrolar…
    Se avexe não…
    Depois da eleição podia acontecer tudo, mas não acontece NADA!
    Se avexe não…
    Que “farmácia” engana até que pega as nossas vagas!
    Se avexe não…
    Que na medicina a infelicidade logo se instala!
    Se avexe não…
    Amanhã ela pára na porta de sua sala!
    Se avexe não…
    Para os preceptores que trabalham duro no internato,
    A PROEN não tem pressa, trata com descaso,
    Irresponsavelmente nem liga pra lá.
    Se avexe não…
    Veja Juju falando tanta besteira,
    Seja da Policlínica ou seja da empreiteira,
    Pra mentir mais que ele vai ter que suar.

  2. Servidor disse:

    Tá virando piada. O Reitor só se manifesta se o acontecimento sair no Blog. Se num der notícia na mídia ele simplesmente ignora. Na próxima eleição pra Reitor voto em Carlos Britto.

  3. HOMEM DE BRANCO disse:

    Nós estudantes temos que nos posicionar. Chega de silêncio. Pois já está faltando tudo. No HUT, já tem leito vazio, pois falta o básico. Caros colegas é preciso alertar a população e a mídia para esse absurdo. Agora não vamos mais ocupar os espaços da UNIVASF, mas sim a rua. Queremos uma saúde de qualidade. Chega!! Agora é a hora de falar o que estamos vendo. No entanto, não podemos denegrir a imagem da instituição, nossa UNIVASF continua grande. O que é grande é a incompetência administrativa. Vamos reagir. Galera!!!

    1. Túlio disse:

      OU a Univasf reconhece o serviço de preceptoria e quem a executa OU a Univasf declara que abandona os alunos nos hospitais sem preocupação com a formação do curso de Medicina.

      Qualquer estágio obrigatório tem o reconhecimento formal professor orientador, do supervisor do campo de estágio e pagamento de seguro do estudante pela instituição de ensino. Mas, para o curso de medicina, já deixaram de pagar o seguro dos estudantes e agora se negam a formalizar o papel da preceptoria.

  4. HOMEM DE PRETO disse:

    Esse tipo de absurdo não acontece apenas no colegiado de medicina. Univasf adota essa política de favorecer alguns “profissionais” em concursos públicos há muito tempo! Isso é rotina CONSTANTE nos concursos para professores do colegiado de enfermagem. É só perguntar à pessoas que já prestaram esse concurso e que foram descassificadas por não conhcer ninguém dentro da universidade que os colocasse para dentro!!
    Esse tipo de absurdo precisa ser denunciado

  5. Opus Dei disse:

    A legislação é categória em definir o que e o que não é atividade docente. Preceptoria, como é o caso do candidato em questão, não é aceita como atividade docente. E esta comprovação é pre-requesito para tomar posse conforme edital publicado na abertura do concurso. Além de que, não é de competência do coordendor do colegiado de medicina emitir esse tipo de documento ppois não está previsto nem no regimento do colegiado de mdicina nem tão pouco no estatuto da UNIVASF.

  6. João disse:

    Acho essa conversa meio troncha
    A universidade tem normas e conhecendo o povo…
    Gostam de burlar
    Será que esse doutor realmente esta falando a verdade?
    Ainda bem que impediram dizendo que não tem documentação!
    Imagine o mal se colocassem para dentro sem ter a documentação e esse doutor iria ensinar numa faculdade de medicina sem esta preparado?
    Sangue de cristo tem poder!!!

  7. Maria disse:

    Quem é o professor que não tem documentação para anotarmos o nome dele?
    esse aí eu nem chego perto!

  8. Cisne Negro disse:

    Esse é Reitor da UNIVASF …!! Toda semana é uma confusão porquê ele não sabe escolher as pessoas que ocupam cargos na sua gestão. O povo do SRCA atende muito mal os alunos quando vão lá. Tem uma galega magrinha lá que um dia desses mesmo destratou um estudante na frente de todo mundo. O cúmulo da arrogância.

  9. Tobias disse:

    O professor deu aulas somente no Instituto Jonh Hopkins no Texas, o maior centro de pesquisa e tratamento de cancer no mundo. Se isso não servir para dar aulas na Univasf, então estamos nunca mais teremos professor para Medicina.

  10. Flávio disse:

    Prezados,
    Vejam o que disse o professor Anderson (o professor/médico em questão) através de e-mail ao colegiado de Medicina.

    “Muitas são as informações que chegam a nós das mais diversas fontes, mas contextualizarei a situação com os fatos mais relevantes. Realizei, com apenas mais um outro candidato, concurso para professor de Semiologia na Univasf. Fui aprovado em primeiro lugar e fui nomeado para assumir tal cargo. Apresentei à Secretaria de Gestão de Pessoas da Univasf (SGP) toda a documentação requerida pelo edital do concurso com antecedência de cerca de duas semanas antes do prazo da nomeação. Nos dias que se seguiram, recebi informações informais de que haveria problemas em relação à minha posse e que o foco estaria na comprovação de atividades docentes em ensino médico por pelo menos um ano. Respondi que não me preocupavam tais boatos, pois eu havia apresentado DOIS comprovantes que preenchiam os requerimentos do edital: (1) certificado emitido pela própria Univasf e assinado pelo Coordenador do CMED certificando minhas atividades como Professor Voluntário; e (2) certificado emitido pelo chefe da Divisão de Imagem Cardiovascular da Universidade Johns Hopkins atestando que – além das atividades de treinamento – realizei nos últimos dois anos atividades de ensino em Medicina. Foi-me dito, ainda, que o segundo colocado no concurso teria realizado diversas incursões à Univasf e que membros da Administração da Univasf vinham apresentando uma grande tensão no que se referia à minha posse como docente. Por inúmeras vezes procurei a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) ao longo do processo, sem que me fosse emitido qualquer parecer oficial. Ressalto que, na noite do penúltimo dia para posse, fui informado na SGP que minha posse seria negada e, no último dia pela manhã, que minha negativa já estava escrita (faltava assinatura)! Entretanto, foi apenas às 14h do último dia que a SGP se pronunciou oficialmente negando minha posse. Para tanto, a SGP alegou que o documento do Johns Hopkins não teria validade, pois eu estaria afastado da Univasf para treinamento em técnicas de imagem. Ignoraram, com isso, que nunca fui funcionário de dedicação exclusiva da Univasf (portanto, livre para desempenhar atividades fora das 40h de meu contrato) e que o documento diz que minhas atividades de docência foram ALÉM DAS MINHAS OBRIGAÇÕES no treinamento. Seguindo parecer da negativo da PROEN, a SGP também não me reconheceu como Professor Voluntário da Univasf, mesmo tendo em posse os registros de minha atividade docente na Univasf (inclui certificado do CMED e PUDs). Ademais, o parecer técnico da SGP desconsidera sumariamente o documento emitido pelo CMED, o qual valida minha documentação e ratifica-me como qualificado para o cargo. Interessante que a própria SGP solicitou o parecer do CME”

  11. HOMEM DE BRANCO disse:

    O parecer foi dado por profissional médico? Valeu Flávio, por dar nome aos bois. E nós alunos, o que pensar sobre isso. Tudo que estamos fazendo e cursando, pode ser colocado em cheque mais tarde, conforme os interesses?

  12. Observadora disse:

    Toda documentação para ser validade em um concurso tem que ser oficial. É de competência do CMED emitir tais certificados? Como é feito o controle para acompanhamento e emissão dos mesmos? Para ser professor voluntário não tem que entregar toda uma documentação na instituição? É só chegar no colegiado e já pode ser professor voluntário? Todos estes questionamentos devem ser levados em consideração, pois os documentos deverão ter validade em todo território nacional, caso contrário, tem-se prejuízos como este. Prejuízo físico, psicológico e financeiro, pois estes concursos tem elevados custos.

  13. Menos barulho e mais reflexão! disse:

    Tá na hora do pessoal parar com sensacionalismo barato!

    Colegiado nenhum pode emitir certificados de docência. Isso fica a cargo de instâncias maiores da instituição. O CMED precisa se reorganizar melhor quanto às suas responsabilidades e competências.

    Ninguém fala dos cerca de 70 professores do curso. Tá certo que apenas 5 são DE, mas quem define o perfil de contratação do candidato é o próprio colegiado. O CMED errou, e feio, ao definir vagas pra professores do curso de medicina que não fossem DE. E peca ainda mais em não cobrar dos seus professores a responsabilidade de cumprir com os horários, não deixando os alunos na mão.

    Torço muito pelo sucesso do pessoal da medicina. Torço pra que consigam suas reivindicações, principalmente quanto à modificação no diploma, aos seus projetos de extensão, pesquisa, preceptoria, etc. Mas chegar ao ponto de dizer que um erro no concurso foi por causa da reitoria, aí já é demais galera…

    E fico triste pelo candidato que não foi nomeado. Foi uma pena, e tem todo direito de entrar com recurso junto ao ministério público.

  14. Cisne Negro disse:

    A questão é que o candidato não pode nem se defender porque os inconpetentes de plantão só disseram a ele que o mesmo não poderia tomar posse no último dia de prazo. Parece até coisa orquestrada para prejudicar o cara. Isso foi culpa da SGP, então por via lógica, é culpa da Reitoria sim, pois foi quem nomeu a Secretaria de Gestão de Pessoas, provavelmente, por conveniência política.

  15. Aureliana Tavares disse:

    Alguém tem notícia do parecer da Procuradoria sobre a candidata de Ciências Sociais?
    Parece que teve uma reunião para discutir o parecer, que não foi favorável, inclusive com repressão a tentativa de burlar o concurso público.
    Os envolvidos no caso já pediram desculpas ao site pelas tentativas de desqualificação do trabalho de vocês.

    Aviso aos navegantes e velhos capitães do mar: a sociedade não aceita mais falcatruas. O povo acordou!

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