A ex-deputada e vice-presidente nacional do Solidariedade (SD),  Marília Arraes, e o deputado estadual Luciano Duque (SD), estão em rota de colisão em relação à política de Serra Talhada (PE), Sertão do Pajeú. Enquanto Duque anunciava sua pré-candidatura a prefeito, Marília criticava suas intenções, indicando um possível apoio a Márcia Conrado (PT).

Marília expressou gratidão ao deputado pelo apoio recebido em momentos de sua trajetória, mas cobrou reconhecimento pela contribuição que ela própria deu à carreira dele. “Eu e Luciano estivemos juntos em vários momentos. Ele se projetou como liderança regional e estadual após nossa aliança em 2017 e 2018”, afirmou Marília, ressaltando sua atuação em benefício de Serra Talhada como deputada federal.

Durante a coletiva à imprensa, Marília destacou a ruptura com Duque, mencionando que ele cortou contato em julho do ano passado e iniciou um processo de aproximação com a governadora Raquel Lyra (PSDB), sem explicações. “Ele foi tachativo em dizer que não seria candidato. Em seguida, ele esvaziou o Solidariedade em Serra Talhada e filiou seu grupo ao Podemos. Não entendi essa estratégia“, criticou.

Marília também apontou que Duque não dialogava dentro do partido e o acusou de buscar vitimização para atrair atenção para futuras eleições. “Ele não estabeleceu diálogo conosco. Parece que ele quer vitimização para chamar atenção na próxima eleição”, disse. Em resposta, Duque minimizou as críticas de Marília e reafirmou sua pré-candidatura. “Eu me lancei e continuo pré-candidato a prefeito de Serra Talhada”, declarou Duque ao Site Farol de Notícias.