Presidente estadual do Democratas, o ex-ministro Mendonça Filho avaliou os nomes que a oposição ao PSB tem em Pernambuco para a disputa pelo Governo do Estado em 2022. Para ele, o grupo tem um bom conjunto de nomes, mas o candidato será aquele que possuir maior “sintonia” com o povo pernambucano.

Em entrevista à Rádio Jornal Petrolina, nesta quinta-feira (19), Mendonça elencou os prefeitos Anderson Ferreira (Jaboatão), Miguel Coelho (Petrolina) e Raquel Lyra (Caruaru), além da deputada estadual Priscila Krause, como os possíveis candidatos a governador no ano que vem. Na visão do político, esses nomes possuem qualificações para a disputa. Todavia, o ex-ministro pondera que é preciso união no grupo.

“Teremos a escolha de um nome que possa juntar essas forças e viabilizar uma candidatura competitiva que vença om pleito em Pernambuco. Para a candidatura ser viável, precisa ter sintonia com povo, precisa de amplitude de alcance, espelhar o sentimento de mudança, de governo forte na saúde, na educação. Um governo mais próximo da população, um governo plural“, afirmou Mendonça, que governou Pernambuco entre 2006 e 2007.

“Vamos oferecer um caminho alternativo para que possamos tirar o PSB, que já deu o que tinha de dar. Paulo Câmara não correspondeu e o povo vê o Estado perder posição para Bahia, Alagoas e Paraíba, com ambiente melhor de negócio, que gera emprego e não taxam tão forte na gasolina, no gás, no IPVA”, continuou.

Na entrevista, Mendonça citou o nome de Priscila Krause como possível candidata – ambos são do DEM. Porém, outro nome pode entrar no partido para disputar a eleição: Miguel Coelho. O prefeito de Petrolina quer concorrer ao Palácio do Campo das Princesas, mas ainda não conta com apoio do seu próprio partido, o MDB. Assim, um possível caminho para Miguel seria deixar o partido e migrar para o Democratas, sigla que já abriga seus dois irmãos, Fernando Filho (deputado federal) e Antônio Coelho (deputado estadual).

Sem garantia

Mendonça admite que as portas estão abertas para Miguel, mas prefere aguardar qual será o rumo das conversas do prefeito com o MDB. E, mesmo se Miguel for ao DEM, não há certeza de candidatura, pois será necessário conversar com os outros partidos da oposição, como o PSDB de Raquel Lyra e o PL de Anderson Ferreira, entre outros, como PSC e Cidadania.

“Qualquer candidato precisa de outros apoios além do DEM, o DEM está disponível para compor leque de partidos, pois um partido sozinho, isolado, sem conexão popular, sem projeto bem discutido, sem que possa ampliar para outras forças como Armando Monteiro, Bruno Araújo, Daniel Coelho, fica estreito o caminho e dificulta uma vitória”, comentou.

O político ainda foi questionado sobre a possibilidade do ex-prefeito Geraldo Julio não ser o candidato do PSB ao Governo de Pernambuco. Mendonça disse que o candidato do PSB não impacta nas articulações da oposição. “Não muda, temos que trabalhar de forma unida e articulada para termos um bom nome“, destacou. (Fonte: JC Online)