Serra Talhada (PE), no Sertão do Pajeú, registrou mais um caso de estupro de vulnerável. Uma mãe, moradora do bairro Alto da Conceição, relata o crime contra o seu filho de apenas 11 anos e, indignada, pede justiça.
Ela detalhou que seu filho estava voltando da casa da avó, a apenas alguns metros de sua residência, quando o suspeito o coagiu, cometeu o ato e ameaçou o menino para não contar nada a ninguém. O caso aconteceu no último dia 12.
“Todo mundo aqui é conhecido, ele estava na casa da minha mãe, vinha em casa trazer um lanche para o irmão mais novo. E me avisou que ia voltar na casa da avó, que tinha deixado seu celular lá, por volta das 14h30. Quando deu 16h30 ele chegou em casa e me contou que abusaram dele”, contou a mãe, revoltada.
“Ele me disse: ‘me abusaram, coisas para maiores de 18 anos’. E me contou que o cara tinha beijado a boca dele e fez sexo oral com o meu filho, bateu nas nádegas dele e puxou seus cabelos. Depois ameaçou meu filho dizendo para ele não contar nada, porque se ele contasse iria fazer uma reza para ele levar uma surra. E que o meu filho voltasse no outro dia para continuarem”, relatou a mãe da vítima.
Ação policial
De imediato, a mãe buscou a Delegacia de Polícia Civil (PC) de Serra Talhada para registrar um Boletim de Ocorrência (BO). Foram até a cidade de Afogados da Ingazeira (PE), na mesma região, realizar o exame de corpo de delito na criança. Porém, a preocupação que fica é que o suspeito permanece solto e sequer prestou depoimento.
“Chegamos em casa 0h30 de Afogados da Ingazeira. meu filho estava super exausto, ele chegou dormindo. Foi feito o corpo de delito, conversamos com os policiais de plantão, explicaram o caso. Mas até hoje a gente não tem notícia nenhuma. O cara que abusou dele continua lá, sentado na mesma calçada, no mesmo local. Minha família se revoltou, ele é um senhor. E meu filho sem querer mais sair na rua porque o cara está solto”, desabafou ela.
O delegado de Serra Talhada, Assis Moreira, responsável pelo caso, assegurou que o inquérito está em andamento, mas em segredo de justiça para não interferir nas investigações. “Aqui em Serra tivemos muitos estupros, muitos concluídos pela justiça com os autores presos. Quanto a este de janeiro, as investigações estão em curso. Quanto aos detalhes, infelizmente não podemos repassar para que a investigação não seja prejudicada”, afirmou.
Conselho Tutelar silenciou
Ainda segundo a mãe, a PC acionou o Conselho Tutelar para acompanhar o caso e assegurar os direitos do menor, mas nenhum representante do órgão compareceu à delegacia na época do ocorrido.
“Foi acionado o Conselho Tutelar, a comissária da Polícia Civil após ouvir meu caso ligou para o Conselho Tutelar e a conselheira que atendeu disse que já tinha guardado o veículo e dispensado o motorista. Que isso não era trabalho para o Conselho Tutelar, que não forneciam esse tipo de trabalho. Pronto, e ficou por isso mesmo”, finalizou a mãe do menino. (Fonte: Farol de Notícias)