Uma mensagem espalhada pelo WhatsApp pode causar preocupação por ter um conteúdo que, caso seja verdadeiro, faz um alerta sobre a saúde das pessoas. De acordo com o texto, o paracetamol do tipo P/500 estaria sendo vendido no Brasil, infectado com o vírus Machupo, responsável por febres hemorrágicas que podem levar à morte.
A corrente diz: “Cuidado, não tome o paracetamol que vem escrito P/500. É um novo paracetamol, muito branco e brilhante, os médicos provam que contêm vírus Machupo, um dos vírus mais perigosos do mundo. Partilha esta mensagem, para todas as pessoas e familiares”.
O Machupo, de fato, é considerado um dos vírus mais perigosos do mundo pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Ele está associado à febre hemorrágica boliviana e sua infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos.
Seu desenvolvimento pode levar à morte. Esta é, no entanto, a única informação verdadeira da mensagem. Falsa e antiga, a corrente já rodou diversos países na Europa, Estados Unidos e Ásia. De acordo com Marcelo Muscará, professor do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo), a mensagem circula no Brasil desde 2015, com diferentes versões.
“Às vezes muda o vírus e o remédio, mas o sentido é o mesmo: meter medo na população”, afirma o especialista. É mais do que falsa, não passa de uma atitude terrorista”, assegurou.
Anvisa
Em nota enviada ao UOL, a Anvisa também tranquiliza contra o conteúdo presente na corrente. Responsável pela regulação de medicamentos, o órgão federal garantiu que a confiabilidade de todos os remédios vendidos no Brasil, nacionais ou importados, “é assegurada por meio da definição de rígidos critérios de qualidade adotados para análise da concessão de registros e pós-registros, revalidações, bem como para o monitoramento pós-mercado”. (Fonte: UOL)