Inaugurado em dezembro do no ano passado, o Mercado Jonas Amaro Ferreira, conhecido por Mercado do Turista, na área central de Petrolina, parece fadado a ser um muro de lamentações. Primeiro, pela demora na conclusão de suas obras. Depois, pela infraestrutura.

Agora, o equipamento volta a ser o foco das atenções.

Desde o início da semana, os permissionários do espaço soltam o verbo, na imprensa local, contra a administração do mercado – a cargo da Afeabacap (Associação dos Feirantes, Ambulantes, Barraqueiros e Camelôs de Petrolina).

Com a água cortada pela Compesa, os comerciantes detonam o presidente da Afeabacap, José Nunes, acusando-o de má gestão do dinheiro arrecadado com as taxas de funcionamento dos 196 boxes do mercado.

Nunes, por sua vez, se defende. Ao programa Nossa Voz, da Grande Rio FM, ele alega que tem “uma bomba” nas mãos. Segundo Nunes, o valor pago pelos permissionários é insuficiente para cobrir as despesas com água do mercado. Ele disse ter tentado individualizar as contas d’água, sobretudo nos boxes do setor alimentício, mas não conseguiu.

Mesmo assim, houve avanços em outros pontos. O presidente da Afeabacap informou que a prefeitura arcará com as despesas de energia elétrica. Nesta quarta-feira (07), ele vai propor que os boxes de alimentação paguem 50% das próximas faturas de água. Pela proposta, a ideia é que cada permissionário contribua com uma taxa.

Ele deve aproveitar para apresentar, também, a prestação de contas dos gastos do Mercado do Turista – cobrada insistentemente pelos permissionários. E anunciou ainda que lançará edital para eleger uma diretoria para o mercado. Se tudo isso vai resolver, só o tempo dirá.