Em mais um dia de reconstituição do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em dezembro de 2015 durante uma festa de formatura num colégio particular de Petrolina, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) focou nesta sexta-feira (11) na ouvida de dez testemunhas do crime que chocou o país. Elas foram levadas à delegacia da PCPE na Vila Eduardo. Cada uma entrou numa sala onde havia cinco suspeitos – incluindo o principal deles, Marcelo Silva.
Quando esse trabalho foi concluído, Marcelo foi reconduzido à Penitenciária Dr.Edvaldo Gomes, onde está à disposição da justiça desde o início da semana.
Os policiais começaram a reconstituição do crime na última segunda-feira (7), sem a participação do suspeito, e continuaram hoje, em meio às aulas no Colégio Maria Auxiliadora, onde Beatriz estudava. A expectativa era a de que, nesta sexta, Marcelo participasse da reconstituição. No entanto o advogado dele, Rafael Nunes, conseguiu impedir que isso ocorresse.
“Reprodução simulada é reviver o que aconteceu. É dizer, de forma simulada, o que ele fez. Mas ele não reconhece a confissão, então não faz nenhum sentido ele participar”, declarou. No mês passado a PCPE apresentou Marcelo como sendo o principal suspeito de ter assassinado Beatriz. De acordo com a polícia, o material genético encontrado na faca utilizada para matar a menina coincidiu com o de Marcelo. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), Beatriz foi assassinada com 42 facadas. Vale lembrar que Marcelo já estava preso em Salgueiro (PE), no Sertão Central, sob a acusação de estupro contra uma menor.
Coação
Em relação à Beatriz, o suspeito inicialmente confessou ter matado a garotinha, mas após mudar de advogado, ele voltou atrás e negou o crime, alegando ter sido coagido. A reconstituição do crime será realizada pela PCPE até amanhã (12), prazo final dado pela justiça – mesmo sem a presença de Marcelo.