Pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo União Brasil, Miguel Coelho ironizou o Plano Retomada através de uma peça audiovisual publicada em seu Instagram, na noite desta quarta-feira (6). No material, Miguel expõe a situação em que o Estado se encontra, através de dados e estatísticas, distanciando o “floreado” divulgado pelo Governo Paulo Câmara da realidade das ruas.
Ao fim do primeiro trimestre de 2022, Pernambuco tinha 17% de sua população desempregada, segundo o IBGE. O índice coloca o Estado na segunda pior posição do país, atrás somente da Bahia. Os dados divulgados apontam que aproximadamente 724 mil pessoas estavam à procura de vagas no último levantamento.
O desemprego abre margem para outro péssimo índice: o Grande Recife detém o título de metrópole onde os mais pobres têm o pior rendimento nacional, segundo o Observatório das Metrópoles. O levantamento, realizado no quarto trimestre de 2021, demonstra que Pernambuco possui a parcela mais pobre da população em extrema vulnerabilidade.
Outro cenário alarmante apontado por Miguel Coelho é o da violência no Estado. Pernambuco teve, no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 16,5% no número de assassinatos em comparação ao mesmo período de 2021. “Os pernambucanos estão, em grande parte, desempregados, mais pobres e vulneráveis à criminalidade“, lamentou.
“Promessas abandonadas”
Miguel lembrou ainda que as grandes promessas do Plano Retomada, a exemplo das obras de infraestrutura e estradas, encontram-se abandonadas por todos os recantos do Estado. De acordo com o relatório 2021 do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), são mais de 500 obras paradas aguardando conclusão. Já a Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional de Transportes (CNT) 2021 apontou que três das dez piores rodovias do Brasil se encontram em Pernambuco.
Outro golpe fatal veio em relação aos investimentos privados. O Banco Mundial considerou o Estado o pior do Brasil para se fazer negócios em 2021. Com um acumulado tão vasto de índices negativos, o pré-candidato considera “no mínimo, irônico o conceito de ‘retomada’ adotado por Paulo Câmara”.