Depois de ser indicado para presidir a comissão provisória do PSB em Petrolina, o deputado estadual Miguel Coelho precisará de muito “jogo de cintura” para enfrentar todo o embaraço que se formou na cúpula local do partido.

O principal deles é com relação ao ex-presidente da comissão, deputado Gonzaga Patriota, que já havia manifestado sua insatisfação com a escolha do partido. Em entrevista a rádio Jornal nesta terça-feira (28), Miguel, no entanto, amenizou a tensão interna do partido e disse que chegou a consultar Gonzaga antes de formalizar seu nome na presidência.

“A comissão do PSB estava vencida de acordo com o TRE desde dezembro de 2014. Então, oficialmente, Gonzaga não era mais o presidente. Ninguém pode achar que eu tomei o lugar de alguém, pelo contrário. Eu procurei Gonzaga e disse a ele que não gostaria de assumir a presidência intrigado. Eu o consultei. Tenho certeza que o calor vai passar e o PSB continuará unido”, disse

O deputado também criticou o fato de todas as ‘baionetas’ apontarem em sua direção e explicou que a escolha do seu nome foi uma decisão tomada em conjunto com a cúpula estadual do PSB.

“Eu nunca vi a madeira quebrar para o lado mais fraco. Foi uma decisão tomada em conjunto com o líder maior do PSB, que é Paulo Câmara, e com Sileno Guedes, presidente estadual. Se alguém disser que não foi procurado está mentindo. A gente não pode querer transformar este fato da comissão provisória em uma oportunidade de vitimização aqui em Petrolina. Isso já vinha sendo trabalhado nos bastidores”, cutucou Miguel.