Missa do Vaqueiro de Serrita leva tradição sertaneja ao Litoral pernambucano

por Carlos Britto // 05 de junho de 2019 às 21:04

Foto: Setur-PE/divulgação

A primeira e mais tradicional celebração religiosa em homenagem aos que trabalham duro nas caatingas do Sertão, cuidando do gado, ganha uma versão inédita no litoral.  É a Missa do Vaqueiro de Serrita, que o Governo do Estado de Pernambuco, através da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), Centro Cultural Cais do Sertão e da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), promove  no Recife, para marcar os 30 anos de morte de Luiz Gonzaga e do Padre João Câncio, os criadores da celebração religiosa, o projeto Tengo Lengo Tengo.

A iniciativa conta com uma programação variada, que engloba, além da realização da tradicional missa de Serrita na capital pernambucana, o lançamento da biografia de Câncio e uma exposição com uma extensa programação cultural. A mostra “Tengo Lengo Tengo” ganha abertura no dia 13 de junho e segue em cartaz até 27 de agosto, na Sala São Francisco, no Cais do Sertão, sempre às 18h. Já a cerimônia religiosa está marcada para 16 de junho, às 16h, no vão livre do Cais. A expectativa é atrair aproximadamente 25 mil pessoas.

A Missa do Vaqueiro é um dos acontecimentos mais importantes do Sertão pernambucano, atrai muitos turistas. É uma cerimônia emocionante, e foi criada por Luiz Gonzaga e o padre João Câncio. São duas figuras emblemáticas da nossa cultura, as quais temos a felicidade de homenagear, trazendo ao Cais algo que foi concebido por eles. É um momento muito especial para o Cais do Sertão, um equipamento mantido pela Empetur, pelo Governo do Estado. Nossa expectativa é, novamente, assim como fizemos com a vinda do Zé Pereira, fazer o link entre o Litoral e o Sertão, despertando no nosso povo o desejo de viajar pelo Estado, de conhecer essa riqueza cultural que nós temos“, declarou o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.

O presidente da Cepe, Ricardo Leitão, reforça a importância dos dois homenageados para a cultura do Estado. “Luiz Gonzaga é um ícone, criou toda uma geração de sanfoneiros, compositores, artistas, que vivem para o forró, que é uma marca do Nordeste. E João Câncio é o padre que idealizou a missa, que colocou o nome de Serrita no mundo. Estamos apoiando a biografia escrita pelo jornalista Vandeck Santiago e toda a exposição. É um projeto que o Governo do Estado promove com muito carinho, e a Cepe tem orgulho de fazer parte“, salientou Leitão.

Símbolos

O Altar e o Cruzeiro que já viraram símbolos da Missa do Vaqueiro em Serrita serão reproduzidos fielmente para a celebração no Recife, um acontecimento que deve entrar para a história da capital pernambucana. Na cerimônia, vaqueiros trajando os seus tão simbólicos gibões de couro participam ativamente. Na ocasião, será realizada a liturgia completa. “Queremos que o público tenha uma experiência da grandiosidade que é este ato de fé“, explica Helena Câncio, viúva do Padre João Câncio e também organizadora do evento. O Projeto ‘Tengo Lengo Tengo’ conta com o apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco, Prefeitura do Recife e da Janela Gestão de Projetos, de Dida Maia e Fernanda Ferrário.

Missa do Vaqueiro de Serrita leva tradição sertaneja ao Litoral pernambucano

  1. Sanfranciscano disse:

    A 1a? Como se a tradicional Missa do Vaqueiro de Petrolina é a mãe de todas as outras, inclusive a de Serrita foi idéia do padre petrolinense João Câncio. Esse ano a nossa vai ser 77a edição, pois a primeira foi no longínquo ano de 1943. Seria bom o blog retificar o equívoco da notícia dada pelo Governo do Estado.

  2. Sanfranciscano disse:

    Retificando. A primeira missa foi em 1941 organizada pelo Padre Americo Soares e celebrada na Igreja Matriz pelo Bispo Dom Idílio. Portanto esse ano deveria ser a 79a edição, e não a 78a. Talvez o fato disso seja que na edição de 1942 teve como pregador da missa o saudoso Frei Damião. E aí passaram a considerar 1942 como a primeira edição.

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  1. Coelho só apoia Coelho, quando ela procurar outro grupo talvez consiga chegar lá. Com os votos dos otários, por que…