A morte recente da cantora Paulinha Abelha, aos 43 anos, vocalista da banda Calcinha Preta, surpreendeu a todos e comoveu o Brasil. Ao mesmo tempo, o fato trouxe à tona os riscos dos tratamentos para emagrecimento, já que o uso de substâncias para perder peso pode ter sido a causa da morte da artista, que estava no auge de sua carreira, aos 43 anos de idade.

“É importante destacar que a causa da morte de Paulinha Abelha ainda não está exatamente esclarecida. Por isso, seria leviano emitir uma motivação fundamentada. Mas, pelo que foi noticiado na imprensa, existem várias hipóteses como a doença da urina preta, basicamente transmitida por espécies de peixes específicas; doenças autoimunes e o uso inadequado de medicamentos. Diante disso, passaram a atacar os medicamentos para emagrecer, contudo, é preciso compreender a diferença entre o tratamento para emagrecimento orientado por médicos e os que são realizados sem orientação profissional”, ressalta a médica Carolina Almeida, especialista em atendimentos voltados para o emagrecimento.

Assim como para solucionar problemas de saúde, as medicações para emagrecer também oferecem riscos. De acordo com a Dra.Carolina Almeida, os efeitos nocivos das medicações podem ser evitados através de prescrição médica, feita após investigação das condições do paciente.

“Algumas substâncias vendidas com fim para emagrecimento, sequer são legalizadas. Temos ainda que trabalhar com a hipótese que no caso da Paulinha, ela pode ter feito uso de medicamentos, os quais o seu organismo não teve boa resposta, o que não é incomum, já que podemos ter reações adversas até com medicamentos de uso rotineiro, da classe dos analgésicos, por exemplo. Atualmente, os medicamentos para emagrecimento estão amplamente estudados e são seguros, aqueles utilizados sob orientação médica que só são prescritos após análise ampla com exames, histórico do paciente, o que torna o tratamento seguro“, disse a médica.

Apreensão

Durante a última coletiva de imprensa, antes da morte da cantora, a equipe médica responsável por Paulinha Abelha apontou uma síndrome tóxicometabólica, provocada por um agente externo ou por uma substância produzida pelo próprio organismo como causa do quadro grave de saúde da paciente. Em entrevista concedida na última semana, o marido da artista informou que quase toda semana ela tomava diuréticos, mas nunca chegou a tomar nenhum tipo de anabolizante.

“As pessoas estão assustadas com o caso da cantora e nos questionam se a morte de Paulinha Abelha tem relação com remédio para emagrecer, se as medicações fazem mal à saúde. Ainda não temos uma resposta concreta diretamente sobre o caso, mas posso afirmar que uma medicação para tratar obesidade, prescrita por médico, levando em consideração os devidos cuidados, os riscos são mínimos“, conclui Dra.Carolina Almeida.