Movimento afirma que greve de estudantes da Univasf “é ilegítima e não representa interesses da maioria”

por Carlos Britto // 13 de outubro de 2016 às 07:05

paralisacao-mobilizacao-estudantes-univasfNuma carta aberta enviada a este Blog, integrantes do Movimento Contraparedista da Univasf fazem duras críticas à paralisação de um grupo de estudantes, na última segunda-feira (10). O movimento garante que a atitude, além de ser ilegítima, não representa os interesses da grande maioria dos discentes da Univasf.

Confiram:

Considerando o movimento grevista desencadeado na última segunda feira, devido ao orçamento de 2017, destinado ao Programa de Assistência Estudantil (PAE) da Univasf, pontuamos alguns tópicos reivindicados pelos alunos grevistas:

1. Residência Estudantil;

2. Transporte Universitário;

3. Restaurante Universitário (RU);

4. Auxílio Permanência.

Desta forma, de maneira muito clara e responsável, a reitoria da Univasf se posicionou, respondendo a todos estes questionamentos, garantindo a manutenção dos auxílios. Contudo esclarecendo que, devido às limitações orçamentárias, se torna impossível a inclusão de novos beneficiários para o ano que vem, garantindo apenas aquelas bolsas já existentes, sendo isso motivo para os estudantes manterem a ocupação da reitoria.

Desta forma, convido a todos a ler a nossa carta aberta abaixo:

Carta aberta à Comunidade Acadêmica da Univasf e à sociedade, diante dos fatos ocorridos nos campi da Universidade Federal do Vale do São Francisco na manhã do dia 10 de outubro de 2016, em que houve a ocupação da reitoria e o fechamento de todas as estruturas da universidade, sem o conhecimento de grande parte dos alunos univasfianos, viemos questionar a legitimidade do movimento.

Esclarecemos não somente à comunidade acadêmica, bem como à sociedade de uma forma geral, que tal movimento se posicionou de forma ilegítima quanto à representatividade, não existindo uma liderança, tendo em vista que membros do próprio movimento grevista afirmaram ser este um movimento “horizontal”, onde não há quem os represente de fato, e sim um todo.

Ainda relatamos que além da ilegitimidade do movimento grevista, que não representa a maioria dos estudantes da Univasf, toda a decisão de invasão da reitoria, subtração das chaves da universidade e deflagração da greve com a proibição de alunos, professores e técnicos administrativos de acessarem suas dependências, foi feita de forma maculada, inclusive sem ampla divulgação de assembleia legalmente constituída, onde se pudesse votar a favor ou contra tal paralisação, permitindo que apenas àqueles ligados diretamente ao movimento de greve pudessem comparecer e votar.

Considerando que os anseios da comunidade acadêmica, no que diz respeito ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), o qual é destinado aos auxílios estudantis como bolsa permanência, transporte universitário, residências universitárias e o Restaurante Universitário, de acordo com a atual conjuntura econômica, prevê cautela quanto à disponibilidade orçamentária.

Contudo, a própria reitoria já esclareceu em nota, na página da Univasf, que tais demandas serão mantidas sem alteração, refutando firmemente a possibilidade de fechamento da universidade, após julho de 2017, contradizendo informações repassadas pelo movimento paredista, com o intuito de provocar pânico entre os alunos beneficiários e dependentes, diretamente desses programas de assistência.

Trazendo ao conhecimento da sociedade, a deflagração de um movimento grevista estudantil é um direito legítimo de acordo com a lei 7.783/89, que regula os direitos de greve do trabalhador, sendo aplicada analogamente à greve estudantil, conforme jurisprudência existente.

Segundo Evaristo de Moraes Filho, um conceituado e renomado jurista e estudioso do Direito do Trabalho, “o objetivo da greve não é necessariamente salarial. Pode ser moral, político, social, mas sempre estará subjacente o interesse coletivo, imediato ou mediato, dos que se declaram em greve”.

Desta forma, compreendendo o caráter social de tal preocupação dos alunos, corroboramos com a mesma ideia de se reivindicar por manutenção e proteção aos direitos já adquiridos ao longo dos anos. No entanto, algumas medidas vêm sendo tomadas de forma arbitrária e de maneira ilegal. De acordo com a legislação aplicada, não é permitido, em nenhuma hipótese, impedir o acesso ao trabalho – a ocupação e trancamento de salas de aula e o impedimento do acesso aos professores. Configurando assim uma infração legal, prevista do artigo 6º da lei supracitada: “As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa”.

Além disso, nesta mesma lei compreende-se que, em nenhuma hipótese, os meios adotados pelos grevistas poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem. Com isto, a mesma ocupação que impede os professores de acesso às salas, também ferem os direitos individuais dos estudantes que optaram por não aderir à greve. Assim como a adesão é um direito, a não adesão também o é, tornando qualquer mecanismo que a impeça, antidemocrático e criminoso.

Por fim, existem dados e medidas sendo divulgados de maneira maquiada e impositiva, com base em posicionamentos político-partidários, nos quais desvirtuando o motivo inicial na manifestação, permeando a insatisfação contrária de uma parcela significativa de alunos da Univasf que se posicionam contrários aos métodos adotados, impossibilitando qualquer negociação com o grupo grevista, que se comporta de maneira extremista, irredutível e completamente intolerante às ideias de contraposição. Assim, por todos estes motivos expostos, e pela forma na qual o movimento vem sendo conduzido, nos posicionamos contrários à greve estudantil de um determinado grupo de alunos, e convocamos todos da comunidade acadêmica à reflexão e ao comparecimento em massa nas assembleias, para que possamos, juntos, trazer ideias e fortalecer o ensino superior de maneira inteligente e responsável.

Petrolina-PE, 12 de outubro de 2016.

Movimento Contraparedista Univasf   

Movimento afirma que greve de estudantes da Univasf “é ilegítima e não representa interesses da maioria”

  1. Lourdes Souza disse:

    Concordo plenamente e acho que todos devem brigar lá em Brasília, aqui não resultará em nada. Vão fechar,quebrar câmara, senado, palácio. Aí sim poderá ter um sucesso. Deixem quem quer terminar seus estudos antes que a faculdade feche. kkkkkkkkkk

  2. ciço disse:

    Isso tem que ser investigado!!!!!!!!

    professores petistas, irresponsáveis estão obrigando alunos a participar dessa palhaçada de teor ideologicio

  3. Aluno Grevista disse:

    1. Um “grupo”? Olhem para a foto de novo;
    2. Ilegítimo? Vieram pra assembleia, fizeram encaminhamentos, foi votado e aprovado (mas a maioria dos propositores já tinham ido embora antes da votação, uma pena), mas é ilegítimo?;
    3. Os professores, por meio do sindicato, apoiam o movimento e pararam as atividades até segunda-feira, apenas alguns querem furar, como fazem com a deles;
    4. É um movimento heterogêneo, então vai haver pessoas com as mais diversas opiniões e proposições, nem por isso tais opiniões e proposições são pautas do movimento.

  4. Aluno Grevista disse:

    1. Um “grupo”? Olhe a foto de novo;
    2. Ilegítimo? Vieram para a assembleia, fizeram encaminhamentos, foi votado e aprovado (a maioria dos propositores já tinha ido embora, uma pena), mas é ilegítimo?;
    3. Os professores, por meio do sindicato, apoiaram o movimento e pararam as atividades até segunda. Tem professores querendo furar greve, assim como furam a deles, com falta de respeito a própria categoria;
    4. É um movimento heterogêneo, então vai ter opiniões e proposições das mais diversas (por exemplo, “fora Temer), porém, isso não significa que são as pautas do movimento.

  5. Guilherme disse:

    Greve de pelegos, ponto. E nisso incluo professores e alunos, massa ideológica comunista, os mesmos que se calaram quando a Dilma tirou 10 bilhões da educação agora me vêem com falsa indignação no governo Temer. Já tiraram o PT, falta varrer os parasitas socialistas infiltrados em todos os ambientes públicos do Brasil.

  6. Patricio Emerson disse:

    Atenção: Não deixe que um professor comunista adote seu filho.

  7. Leka Pereira disse:

    Absurdo! Greve ilegitima. Fecharam as salas, a biblioteca e quem deu as chaves? Acobertados pela pró -reitoria que agiu de forma irresponsável já que os professores não tem legitimidade para a greve nacional.

  8. SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA disse:

    VAMOS INVESTIGAR E EXXPOR A SOCIEDADE TUDO ISSO ….

  9. Arthur Diniz disse:

    Estes vagabundos esquerdistas deveriam ser expulsos da faculdade! Que achem todos os membros do movimento grevista ilegal e falacioso para puni-los!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários