Movimento entra com novo pedido de suspensão de liminar e cobra audiência na Justiça com Codevasf e Incra sobre Pontal

por Carlos Britto // 06 de setembro de 2017 às 08:00

O Movimento de Ocupação da 3ª Superintendência Regional (SR) da Codevasf, ligado ao Sindicato dos Agricultores Familiares (Sintraf) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entrou com novo pedido de suspensão da liminar de reintegração de posse do Projeto Pontal, além de ter solicitado a marcação de uma audiência na Justiça, com a participação de representantes da Companhia e do Incra. A intenção é buscar um entendimento entre as partes, informou a assessoria do Sintraf. Os detalhes foram repassados à imprensa, numa coletiva realizada na tarde de ontem (5) por lideranças do movimento.

Também no pedido, a categoria levou a conhecimento da 8ª Vara Federal em Petrolina um acordo realizado, em março último, em Brasília, com a Codevasf e a Casa Civil, no sentido de não haver ação de reintegração de posse até que o Poder Público realocasse os agricultores dentro do Pontal. O movimento alega, no entanto, que o acordo está sendo descumprido.

O Sintraf e o MST comunicaram à Justiça Federal a desocupação pacífica da 3ª SR da Codevasf. Aguarda-se agora uma posição do Juízo em relação ao pedido de suspensão da liminar de reintegração do Pontal e de audiência com o poder público, por meio da Codevasf e do Incra. No projeto vivem 900 famílias, que estão produzindo amplamente várias culturas de subsistência. Na última segunda (4), pelo menos 300 agricultores ocuparam as dependências da 3ª SR para cobrar um acordo de que não saíram da área, antes do governo federal realocasse as famílias para uma outra área dentro do Pontal. (Foto/divulgação)

Movimento entra com novo pedido de suspensão de liminar e cobra audiência na Justiça com Codevasf e Incra sobre Pontal

  1. Mauricio ADV disse:

    Quem acompanha o projeto sabe que não funciona assim. Tem muitas pessoas financiadas por grandes empresários que ocupam as áreas do pontal.
    Muitas pessoas que vivem hoje nas áreas ocupadas no pontal realmente tem a necessidade e precisam da área para se manter e sustentar a família, mas uma grande maioria, quantificada em 60% estão ali por que são financiadas por empresários que visam a garantia da terra, já que não teriam o beneficio e usam “fantoches” para garantir as terras caso sejam concedidas.
    O grande problema hoje é que se tem um custo para manter todo esse sistema e uma previsão para que o projeto comece a funcionar, ate então está parado por causa dessa ocupação e também da existência de vandalismo, furto e etc.
    Temos que levar em consideração também que essas pessoas hoje estão deixando os solos improdutivos por manejo incorreto da irrigação e do solo, pois tem água e energia de “graça”, isso intensifica mais ainda esse processo.
    Existem também deputados como Odacir Amorim e Alberto Cavalcante que estão financiando esses movimentos que atrapalham o andamento do projeto.
    Muito me admira deputados como Gonzaga, Odacir e Adalberto que sempre falavam que o projeto pontal seria mais um dos grandes investimentos na região que iria aumentar a geração de empregos, melhorar a vida social na região, etc. Como eles estão a favor desse movimento? pessoas que não tem capacidade de investimento, agricultura precária, não sustentável.
    Temos que dar a oportunidade para a produção tecnificada com capacidade para geração de milhares de empregos, onde tem uma produção sustentável, onde a comunidade local terá oportunidades de emprego, onde vida social local sofrerá evolução, etc. E não para oportunistas que querem ganhar as coisas no grito, na invasão.. vão estudar, vão trabalhar que as oportunidades aparecem.

  2. ze doido disse:

    Dr. Mauricio a maior besteira começou quando criaram essa parceria publica e privada, e como é do seu
    conhecimento , entregaram todo projeto a uma empresa, que apos assumir iria escravizar os pequenos agricultores, os quais seriam parceiros e não donos dos lotes e seriam obrigados a plantar so o que a empresa queria e também seriam obrigados a vender toda a produção a ela. Você acha justo pegar todo um projeto e entregar a uma única empresa e escravizar os pequenos agricultores?

  3. Mauricio ADV disse:

    Não era a favor da empresa. Mas se tivesse dado certo, estariam ganhando dinheiro, com uma assistência técnica adequada, aprendizado, com estabilidade e baixo custo. E não como estão hoje.
    Procure se informar como funciona a Niagro hoje aqui no vale.

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