O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou às prefeituras de Arcoverde, Araçoiaba e Igarassu que sejam adotadas providências para assegurar o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, em 2023. A recomendação é válida também para os dirigentes dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) destas três cidades. Todos devem seguir os termos da Resolução 231/2022, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

De acordo com a recomendação do MPPE, as gestões devem fornecer total suporte no processo de seleção, disponibilizando servidores municipais em número suficiente para acompanhar as providências necessárias, como forma de garantir a escolha dos membros do Conselho Tutelar, além de servir como referências de contato tanto por parte do CMDCA local, quanto por parte da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude.

Além dos servidores, o Poder Executivo de cada município deve escolher também um Procurador ou Assessor Jurídico para auxiliar o CMDCA durante esse processo, em especial para apoio técnico no lançamento do edital, publicado no dia 03 de abril, e durante toda a fase de habilitação dos candidatos, até o dia da eleição.

A recomendação destaca também a necessidade de ser realizado, por meio da Assessoria de Comunicação Municipal, a ampla divulgação do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar pelas redes sociais e por cartazes a serem colocados em lugares de fácil visibilidade.

CMDCA

Já ao CMDCA em si, é recomendado que seja criada uma Comissão Especial do processo de escolha, assim como um calendário de atividades contemplando todas as fases da seleção. Cada CMDCA também deve providenciar, junto aos órgãos de segurança pública e eleitoral, apoio para garantir que o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar aconteça de maneira tranquila e justa.

Recomenda-se, ainda, que todas as decisões da Comissão Especial do processo de escolha e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança de Adolescente, relativas ao certame, sejam comunicadas imediatamente ao Ministério Público, por meio das Promotorias de Justiça de locais, para a adoção das providências aludidas ou outras de efeito prático equivalente.

Os textos das recomendações, assinados pelos promotores Michel de Almeida Campêlo (Arcoverde) e Manuela de Oliveira Gonçalves (Araçoiaba e Igarassu), foram publicados e podem ser consultados no Diário Oficial eletrônico do dia 3 de abril último.