O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao secretário de administração do Estado e ao presidente da Compesa que revoguem o resultado final do concurso público da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realizado no dia 28 de julho para o preenchimento de 200 vagas no nível superior, técnico e fundamental.
A medida foi tomada para “garantir a isonomia dos candidatos inscritos”, diante das irregularidades encontradas no cargo de analista de saneamento nas especialidades de engenheiro mecânico e engenheiro civil.
Os documentos solicitam também, a anulação da prova objetiva para o cadastramento de reserva de vaga daquele cargo, nas duas especialidade. Agora, o Instituto de Planejamento de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico (IPAD), responsável pela organização do concurso, deverá expedir novos comprovantes de inscrição para os candidatos que fizeram a prova anulada, além de aplicar uma nova avaliação para essas duas especialidades com ampla publicidade de data, horário e local com antecedência necessária para sua efetiva realização.
Segundo a recomendação, todas as medidas devem ser tomadas sem ônus para a Compesa, uma vez que a responsabilidade pelos problemas ocorridos são do IPAD.
A ação foi iniciada após o recebimento de representações endereçadas à Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, denunciando a existência de irregularidades na concurso. A representação indicava que das 50 questões, havia a presença de 14 não inéditas na prova objetiva para a especialidade de engenheiro mecânico (equivalente a 30% do total), e de 10 questões na prova de engenheiro civil, (20%) . As questões estavam disponíveis na internet e em materiais didáticos, além de uma das questões ter sido utilizada pelo próprio IPAD em concursos anteriores.