A terceira noite do Carnaval de Petrolina foi delas. A mãe natureza tratou de mandar aquela chuvinha, importante para o povo sertanejo e que em nenhum momento tirou a alegria dos foliões. Na avenida, as mulheres mandaram bem. Elas abrilhantaram os desfiles de três orquestras de frevo – a Bandinha do Chicão, Levanta a Poeira e a Rebarba, além da Escola de Samba Tamborim Dourado, onde a primeira ala foi formada só por mulheres.
Quem não quis desfilar, se divertiu ao som do frevo e das antigas marchinhas de carnaval. Tempo bom, mas quando as mulheres não podiam curtir o carnaval como agora, na opinião de dona Regina Martins, salgadeira, de 67 anos. “Antigamente as mulheres não tinham essa coragem de vir pra praça e curtir. Hoje a mulher tem essa independência, de fazer aquilo que ela tem vontade“, lembrou a foliã.
Conquistar essa liberdade não foi mesmo fácil. Tanto que até hoje as mulheres lutam por um direito básico: o respeito. O tema foi lembrado pela Banda Magdalenas, composta só por mulheres e que se apresentou no Coreto da 21 de Setembro, onde Nilton Freitas também foi atração.
“A prefeitura abriu uma oportunidade gigante e a gente se sente aqui na função e na importância de representar todas aquelas mulheres que tocam e também estão brincando e dizer que depois do não, tudo é assédio“, destacou a baixista Candice Duarte. As informações são da assessoria da PMP.