Aprovado pela maioria dos petrolinenses, o mutirão de cirurgias de catarata realizado pela prefeitura rendeu embates na sessão plenária da Casa Plínio Amorim nessa terça-feira (12), na Fundação Nilo Coelho. Quem puxou a polêmica foi o vereador oposicionista Ronaldo Silva (PSDB).
Segundo ele, os idosos beneficiados com a ação foram deixados debaixo de sol a pino, enquanto esperavam sua vez, na Policlínica do Hospital Universitário (HU) – onde as cirurgias aconteceram. Ronaldo considerou o fato “um desrespeito” contra os idosos, chegando inclusive a pedir que a prefeitura se retratasse por meio de uma nota oficial.
Outros vereadores também entraram no debate, a exemplo de Lucinha Mota (PSDB), que também integra a bancada de oposição. Ela citou o caso de um idoso que acabou fraturando a mão ao cair quando entrava na Policlínica para pegar sua senha. Lucinha disse que ninguém da bancada é contra o mutirão, mas ressaltou que os erros apontados pelo seu colega Ronaldo Silva devem ser corrigidos pela gestão municipal nas próximas ações.
Líder dos governistas na Casa, Diogo Hoffmann (PSC) saiu em defesa da prefeitura. Segundo ele, a gestão atuou de forma efetiva com uma equipe de mais de 300 pessoas durante oito dias, fazendo cirurgias em mais de 2,5 mil pessoas num intervalo de oito dias. “Eu não consigo achar motivos para criticar um mutirão tão bem-sucedido como esse. Foram mais de 25 mil atendimentos oftalmológicos, entre consultas e exames, que acarretaram nessas 2,5 mil cirurgias”, pontuou. Outro governista, Manuel da Acosap (UB), completou afirmando que pequenos contratempos são naturais nesses casos, porém revelou – enquanto representante dos agentes de saúde do município – não ter recebido nenhuma reclamação dos seus colegas acerca do mutirão.
Eu acho esses mutirões um perigo. Feito uma linha de produção, não há a menor condição de se fazer uma higienização da sala e equipamentos entre uma cirurgia e outra, aí vem os perigos de infecções e outras doenças.
A Secretaria de Saúde, já que tem dinheiro para essas cirurgias, poderia organizar essas cirurgias sem por em risco a saúde das pessoas.
Mas infelizmente, por aproximidade das eleições vale tudo, menos a qualidade de vida das pessoas.
Higienização correta, podem estar fazendo um meio termo para não perder tempo. A não ser que tudo, instrumentos, vestimentas sejam descartáveis, de uso único.
Quando o que vale são os votos do ano que vem, a organização é coisa da oposição.