A secretária de saúde de Pernambuco, Zilda do Rego Cavalcanti, apresentou o relatório de gestão do 2º quadrimestre aos parlamentares da Comissão de Saúde da Alepe em audiência pública do colegiado realizada na manhã de ontem (18). O documento engloba os meses de maio a agosto de 2023 e indica que no período R$ 5,3 bilhões foram destinados à saúde no Estado.
De acordo com a chefe da pasta, o fim do estado de emergência pela pandemia do coronavírus ocorrido no último mês de junho trouxe a necessidade de desvincular verbas até então destinadas exclusivamente a casos de Covid-19. “Existem recursos que são vinculados à covid e há, por parte dos Estados, uma solicitação para que sejam desvinculados. É necessário ter dinheiro para a realização, por exemplo, de mutirões de cirurgias reprimidas por conta da pandemia. Isso não deixa de ser uma sequela do coronavírus. O uso dos recursos deveria ser liberado”, disse a gestora.
Zilda Cavalcanti destacou ainda que a Secretaria criou uma política para o tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A condição está relacionada a infecções virais ou bacterianas que causam comprometimento da função respiratória com necessidade de hospitalização e suporte ventilatório e não ocorre apenas em pacientes diagnosticados com Covid-19.
Cirurgias
A secretária informou também que, na comparação com o segundo quadrimestre de 2022, houve aumento no quantitativo de procedimentos realizados, sobretudo no número de cirurgias eletivas concluídas. Foram 127 mil, entre maio e agosto deste ano, frente ao total de 70 mil contabilizadas no mesmo período do ano passado. O acréscimo se deve ao trabalho de intensificação dos procedimentos e mutirões de cirurgia com o objetivo de atender a demanda que já existia antes e foi agravada pela pandemia. O relatório registrou aumento de 8,8% no montante de cirurgias realizadas.
Além dos deputados, participaram da audiência secretários-executivos, diretores e outros integrantes da equipe da Secretaria Estadual de Saúde (SES), representantes do Conselho Estadual de Saúde e do Sindicato dos Médicos de Pernambuco.