O 6º Congresso Estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), aprovou por unanimidade no último final de semana, em Salvador, o nome de Marcos Mendes como candidato para disputar o Governo da Bahia nas eleições de 2018. O evento político ocorreu na capital do Estado e contou com a participação de lideranças, militantes e ativistas sociais de Salvador e do interior baiano. Segundo a assessoria da legenda, o Diretório Estadual ainda vai deliberar as candidaturas ao Senado e a vice-governador. O objetivo é garantir a representação de gênero.
Marcos Mendes representou a sigla nas corridas eleitorais ao Palácio de Ondina em 2010 e 2014, e comemorou a indicação do seu nome através do congresso estadual, pela terceira vez consecutiva. Para o psolista, diante dessa conjuntura política atual de corrupção, a legenda surge como a única no Congresso Nacional que não possui nenhum parlamentar envolvido nos esquemas de lavagem de dinheiro.
“Os deputados do PSOL denunciam, todos os dias, os desvios ilegais da verba pública. A bancada do PSOL, no Congresso Nacional, pela 14ª vez consecutiva, é considerada pelo Prêmio Congresso em Foco como os melhores deputados federais do Brasil. O PSOL existe há cerca de 14 anos e sempre fomos eleitos como os melhores parlamentares do país durante todo esse período”, enfatiza.
Mendes frisa que a Bahia possui “uma direita corrupta” ligada ao presidente Michel Temer e vinculada ao prefeito ACM Neto (DEM-BA) que, de acordo com o pré-candidato, superfaturou a obra de requalificação da Barra no valor estimado de R$ 4,4 milhões, e Geddel Vieira Lima, que teve R$ 52 milhões apreendidos em seu apartamento. A liderança do PSOL aponta que uma parte dessa verba iria ser injetada na campanha de ACM Neto nas eleições do próximo ano.
“Por outro lado, temos o Governo de Rui Costa, que antecipou na Bahia as mesmas reformas que foram implementadas por Michel Temer como, por exemplo, os cortes na Educação, Saúde e Segurança Pública, a perseguição aos servidores estaduais e o aumento da contribuição previdenciária“, criticou Mendes.
Queda-de-braço
O pré-candidato do PSOL às eleições de 2018 acredita que Rui Costa e ACM Neto vão disputar a quebra-de-braço eleitoral a partir de um mesmo modelo programático de campanha. “O PSOL surge como alternativa real, com uma proposta de um outro modelo de sociedade, participativa, transparente, baseada na ética socialista. O dinheiro público precisa ser investido nas políticas públicas do Estado. Conclamamos a população para combater essa polarização tradicional que existe na Bahia, de DEM versus PT, que funciona como espécie de Ba-Vi. Precisamos transformar as condições de vida do nosso povo baiano“, concluiu Mendes.