O suspeito de mandar matar o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, em Itaíba (Agreste de Pernambuco) falou pela primeira vez e afirma ser inocente. O material foi gravado no local onde José Maria Pedro Rosendo Barbosa estava escondido desde o dia do crime e foi entregue em um cartão de memória à equipe de reportagem da TV Globo Nordeste. O material foi exibido nesta segunda-feira (28) no Bom Dia Pernambuco.
As imagens foram gravadas dias depois do homicídio. “Eu sou inocente, porque eu nunca tive problema com esse promotor. Não tenho, nem nunca tive inimizade com ele. Eu não sei onde a polícia foi buscar esta possibilidade, se receberam alguma denúncia ou alguma coisa. Porque não tenho inimizade nenhuma com esse rapaz“.
José Maria disse que no dia do assassinato, 14 de outubro, estava na cidade de Águas Belas, no Agreste. “Toda segunda-feira, eu fico vizinho ao posto Santa Rosa, no escritório do meu filho, que é advogado, para pagar os trabalhadores. Fico de 8h até as 12h“.
A polícia afirma que o cunhado dele, Edmacy Ubirajara, teria matado o promotor com quatro tiros de espingarda 12. Edmacy está preso no Cotel, em Abreu e Lima. José Maria afirma que não manteve contado com o cunhado no dia do crime. “Eu não tive contato nenhum com Edmacy no dia do crime e se tem essas imagens, eu desconheço. Eu ando na cidade dia de feira e ele anda também. Pode haver imagens minhas e dele em locais diferentes”.
A disputa pela fazenda nova é a principal linha de investigação da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco. José Maria teria sido expulso do local depois de uma ação na Justiça. Mysheva Martins comprou a sede da fazenda num leilão da Justiça Federal. Ela teria recebido ajuda do noivo, o promotor Thiago Faria. Segundo a investigação, isso poderia ter motivado o crime.
Ele falou também sobre a relação que tinha com Mysheva Martins e com a família dela. “A família Martins, toda vida foi minha amiga e são meus amigos”. Questionado do porquê de Mysheva ter afirmado que o seu cunhado, Edmacy Ubirajara, atirou no promotor, José Maria afirmou que a acusação não tem fundamento. “Ele está provando que não foi ele e eu tenho certeza de que não foi. Ela está tentando incriminar a minha família”.
José Maria disse ainda que fugiu para não ser preso inocentemente. “Estou esperando, confio na Justiça, confio também no trabalho que a polícia está fazendo e logo que eu tiver a oportunidade, eu vou provar minha inocência. Saí de casa porque a polícia foi lá. Saí para provar minha inocência, porque se eu tivesse ficado provavelmente eles teriam me levado preso inocentemente“.
Ele finaliza o vídeo mandando uma mensagem para a família. “Sei que estão todos preocupados, minha mulher, meus três filhos. Mas eu peço a eles que tenham calma, paciência, que na hora certa, no tempo certo, faço questão de provar minha inocência”. (do G1)
Desse assassino a polícia colocou logo a foto, mas do assassino de Ismael F. Máximo, nunca fez questão de postar, só porque não era promotor de justiça, não quer dizer que sua vida não valhia nada.