O ex-prefeito de Água Preta (PE), na Mata Sul, Noé Magalhães, que foi preso este ano e perdeu o mandato envolvido em abuso do poder econômico e compra de votos, foi acusado hoje pela ex-deputada federal Marília Arraes, vice-presidente nacional do Solidariedade, e pelo Movimento Feminino do PSB local e nacional, de ter cometido violência política de gênero ao divulgar em suas redes sociais um ataque agressivo a Julieta Pontual, ex-secretária municipal e mãe do candidato a prefeito do município, João Fernando Coutinho. No vídeo, Noé se refere a Julieta – e também ataca João Fernando, com palavras de baixo nível – de forma “jocosa, descabida e desrespeitosa”, como afirma nota de repúdio do PSB. Julieta é filiada ao partido.
Já Marília Arraes expressou solidariedade a Julieta – seu filho João Fernando Coutinho é filiado ao Solidariedade – e diz que se solidariza com ela “em nome também de todas as mulheres diariamente violentadas, seja na sua honra, seja através da violência física ou de qualquer outra circunstância. Basta. Não vamos nos intimidar. Jamais”, frisou a nota.
A Secretaria Nacional de Mulheres do PSB e o Secretariado Estadual de Mulheres diz esperar que Noé se retrate “de forma categórica e imediata, e que a política em Pernambuco elimine esta política misógina, ultrapassada e criminosa de tratar todas as mulheres que dela participam. No PSB não há lugar para esse tipo de violência política, vulgar, medíocre e criminosa”. Segundo a nota das mulheres socialistas, violência política de gênero é crime e, por isso, elas pedem pronunciamento do Conselho de Ética do partido sobre o comportamento do ex-prefeito que faz parte do quatro partidário. (Fonte: Blog Dellas)